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Política

Em evento do PT no RS, Dilma ataca 'pessimistas sistemáticos'

Para presidente, Brasil é uma das vozes do mundo contra 'a desesperança e inexistência de perspectivas'

14 mai 2013 - 22h37
(atualizado às 22h56)
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Em evento em Porto Alegre nesta terça-feira, Dilma criticou 'pessimistas sistemáticos' e Lula a imprensa
Em evento em Porto Alegre nesta terça-feira, Dilma criticou 'pessimistas sistemáticos' e Lula a imprensa
Foto: Diogo Sallaberry / Futura Press

A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira, em Porto Alegre, que o Brasil é uma das vozes do mundo contra “a desesperança e inexistência de perspectivas”. Em um evento comemorativo dos 10 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma criticou opositores que, segundo ela, são “pessimistas sistemáticos”.

“Acho que nós somos umas das vozes que se erguem no que se refere a dar ao mundo uma alternativa que não seja à desesperança e inexistência de perspectiva. Ao contrário de muitos segmentos no País que fazem o papel de pessimistas sistemáticos, a visão que se tem no País é muito mais realista, porque se percebe o imenso potencial que se tem”, disse a presidente no evento que tinha como temática a geopolítica e a posição brasileira no cenário internacional.

Segundo Dilma, uma das críticas prediletas contra seu governo tem sido sobre uma suposta fragilidade da Petrobras, enquanto os números sugeririam o oposto. “Um dos pratos prediletos a críticas tem sido a fragilidade da Petrobras. E aí é extraordinário que a Petrobras, há três dias, tenha captado R$ 11 bilhões. Hoje houve um leilão de blocos de petróleo e foram arrecadados R$ 2,8 bilhões”, disse.

A presidente rebateu ainda críticas sobre a infraestrutura do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014. “Diziam que os estádios não iam ficar prontos e temos cinco estádios prontos para a Copa das Confederações. Todos os estádios vão aparecer, todos os aeroportos, todas as obras previstas para a Copa do Mundo”, disse.

Em uma avaliação sobre a estratégia externa do Brasil, Dilma atribuiu a vitória de Roberto Azevêdo para presidir a Organização Mundial do Comércio (OMC) à política multilateral desenvolvida pelo ex-presidente Lula durante os oito anos em que governou o Brasil. 

“Roberto Azevêdo foi eleito pelos países emergentes, pela América do Sul, pelos países africanos, países asiáticos, países da América Central e foi eleito por países em desenvolvimento. Isso mostra claramente a estratégia que levou o Brasil a ter uma presença no mundo. Não foi um terceiro-mundismo, porque não se trata disso, mas uma estratégia de multilateralismo”, afirmou.

Campanha

Em uma plateia repleta de políticos de partidos da base governista, Dilma foi aclamada como candidata à reeleição pelo presidente do PT, Rui Falcão, e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“A oposição em plena campanha eleitoral lança mão de todos os esquemas para nos enfraquecer. O governo da presidenta Dilma precisa dar continuidade ao que vem fazendo com nível de emprego e renda. Defender os nossos governos é tarefa permanente, cabe à missão de reeleger a presidente Dilma, governadores e uma forte bancada federal”, disse Falcão.

“Nós estamos caminhando para que Vossa Excelência seja a nossa presidenta por mais quatro anos. Tenho certeza que isso incomoda (os oposicionistas). Um metalúrgico de oito anos já incomoda, aí uma mulher por mais quatro anos, puta merda, isso é demais”, disse Lula, em um discurso bem humorado, arrancando risadas de militantes.

Críticas à mídia

Antes do discurso de Dilma, a crítica a grandes veículos de comunicação foi o ponto em comum nas falas do presidente do PT, Rui Falcão, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Eu acho um absurdo que determinados setores da comunicação do Brasil estejam exilados no Brasil. Eles não estão compreendendo o que está acontecendo no País”, disse o ex-presidente.

Para o governador Tarso Genro, a oposição manipula a opinião pública através dos meios de comunicação por não ter projeto para o País. “A oposição está sem rumo e sem projeto, a oposição não tem projeto para o País, para um novo patamar de coesão do desenvolvimento social. Quando a direita se vê perdida em sua capacidade econômica, ela apela para a desconstituição da democracia, seja através de atos de força, como da manipulação da opinião pública que eles tendem a realizar através dos grandes meios de comunicação”, disse.

Fonte: Terra
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