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Política

Em congresso, Dilma diz que não é responsável por crise

Presidente pede apoio do partido para “desmentir” acusação de que o país está preso e diz que o Brasil voltará a crescer com agenda forte

12 jun 2015 - 07h53
(atualizado às 08h43)
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Em Congresso na Bahia, a presidente pediu o apoio dos militantes para a retomada do crescimento do país
Em Congresso na Bahia, a presidente pediu o apoio dos militantes para a retomada do crescimento do país
Foto: Fotos Públicas/Ricaro Stuckert/Instituto Lula / Reprodução

Após mudanças na agenda, a presidente Dilma Rousseff compareceu ao 5º Congresso Nacional do PT, na noite desta quinta-feira (11), em Salvador (BA). Acompanhada pelo ex-presidente Lula, Dilma foi recebida com festa por militantes, mesmo com o atraso de mais de duas horas para a abertura oficial do evento. A presidente desembarcou na capital baiana depois de participar de reuniões com a União Europeia, em Bruxelas.

Apesar das críticas de setores do PT por causa de medidas como o ajuste fiscal para conter a inflação, Dilma afirmou que seu governo não pode ser responsabilizado pela crise. Ela centralizou o discurso de 50 minutos nas realizações do governo petista nos últimos 13 anos e nos projetos futuros. “Não causamos a crise e não podemos ser responsabilizados por ela. Depois de sete anos, os efeitos começam a nos atingir, mas a luta para proteger o brasileiro durante esse tempo teve um alto custo fiscal”, defendeu.

“Outro governo teria escolhido o caminho mais fácil com desemprego e redução de salários. Não queríamos isso”, alfinetou Rousseff, afirmando ter 'coragem' para fazer ajustes na economia. “Essas medidas são para dar sustentabilidade e continuidade a um projeto de desenvolvimento e mudança que adotamos desde 2003. Não mudamos o compromisso que temos com o Brasil”, pontuou.

A presidente pediu o apoio dos militantes para a retomada do crescimento do país. “Vim ao congresso para assegurar a cada militante que temos uma agenda forte e consistente de medidas para colocar o Brasil na rota do crescimento. Quero fazer esse percurso com o povo brasileiro e preciso da força de todos vocês”, enfatizou Dilma Rousseff.

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A militância, segundo ela, tem o papel, inclusive, de defender a Petrobras. “Não se deixem abater com discursos intolerantes de uma minoria e desmintam a acusação de que o país está preso. Fale com orgulho desta empresa. Ela está reorganizada, ganhou prêmios, bate recordes de produção”, enumerou Rousseff. A terceirização também esteve entre os temas do discurso. “Regularizar, sim. Mas eliminar as diferenças entre atividades fim e meio, isso não pode ocorrer”, reiterou.

Ex-presidente

O ex-presidente Lula valorizou a atuação da militância do PT e voltou a criticar setores como a imprensa, o empresariado e a oposição. “Há dez anos anunciam a morte do PT, mas estamos vivos. Machucados sim, mas vivos. Tentam impor ao país o retrocesso na economia e na democracia. Não conseguem entender que o PT tem profundo enraizamento com a sociedade brasileira”, destacou.

Lula disse que o partido está sensível à voz das ruas. “Ninguém está mais preocupado com a inflação e o emprego que os trabalhadores, o nosso partido e a presidência da República. Devemos estar sempre vigilantes, corrigindo nossos erros, mudando o que for preciso e conversar com o povo”, reconheceu.

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Fonte: Especial para Terra
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