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Política

Em busca de reaproximação com a Câmara, Dilma receberá líderes aliados

3 mar 2015 - 18h23
(atualizado às 18h23)
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A presidente Dilma Rousseff se reunirá com os líderes dos partidos aliados na Câmara na quarta-feira, numa tentativa de reaproximação com o Congresso para atrair apoio na aprovação de medidas provisórias que visam um forte ajuste fiscal, disse à Reuters a liderança do governo na Câmara nesta terça-feira.

Presidente Dilma Rousseff durante evento em Brasília. 26/02/2015.
Presidente Dilma Rousseff durante evento em Brasília. 26/02/2015.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

   A reunião será no Palácio do Planalto, às 11h30, e será o primeiro encontro da presidente com os novos líderes desde que assumiu o segundo mandato.

   A relação do governo com os aliados no Congresso tem sido contestada por vários partidos, inclusive o PMDB, que tem o maior número de deputados e senadores. Na segunda-feira, Dilma fez um jantar com a cúpula do partido também numa tentativa de reaproximação, depois que caciques da legenda chegaram a classificar a coalizão de “capenga”.

   Nesse jantar, a presidente ouviu críticas à sua condução política e se comprometeu a fazer reuniões semanais com aliados e tornar o governo mais aberto ao debate de medidas e ações que estão em curso, segundo relato de um peemedebista e uma fonte do Palácio do Planalto à Reuters nesta terça-feira.

   Essas reuniões envolveriam, segundo fontes, lideranças do Congresso ou mesmo presidentes de partidos aliados, cujos integrantes vão variar de acordo com o tema. O PMDB, porém, teria uma cadeira cativa.

   O esforço da presidente e do governo para desobstruir os canais de diálogo com o Congresso ocorre também num momento de crise política, com as denúncias da operação Lava Jato, da Polícia Federal, cujos desdobramentos políticos devem ser conhecidos nesta semana, e de dificuldades econômicas com o governo sinalizando profundos cortes orçamentários em busca de um ajuste fiscal que recupere a credibilidade junto ao mercado.

   Um dos apelos que Dilma deve fazer aos aliados é que aprovem as medidas provisórias que modificam o acesso a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e pensões por morte e que sofrem resistências dos aliados e das centrais sindicais. E também uma outra medida provisória editada na semana passada que prevê mudanças nas desonerações tributárias para vários setores da economia.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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