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Política

Em 2001, Arruda pediu perdão por violar painel do Senado

30 nov 2009 - 10h03
(atualizado às 10h10)
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A divulgação de um vídeo no qual aparece recebendo um maço de dinheiro supostamente durante a campanha eleitoral de 2006 não é o primeiro escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). Em 2001, o político renunciou ao mandato de senador por causa da reabertura de um processo de cassação contra ele. Arruda era suspeito de ter se envolvido, junto com Antônio Carlos Magalhães, na quebra de sigilo do painel eletrônico do Senado. Ele pediu desculpas no discurso de renúncia.

No sábado, o Jornal Nacional divulgou vídeos que teriam sido gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, e entregue ao Ministério Público com negociações sobre um suposto esquema do qual o governador é acusado de pagar parlamentares da base aliada. Em uma das imagens, do total de 55 minutos entregues à Justiça, Arruda e Barbosa aparecem negociando um pagamento e a partilha do dinheiro. Barbosa, então, entrega um maço de notas ao governador.

O advogado do governador, José Gerardo Grossi, disse que o dinheiro mostrado nas imagens foi usado para comprar panetones, que seriam distribuídos para pessoas carentes do Distrito Federal.

A violação do painel ocorreu em 2000, durante a votação secreta que cassou o senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Arruda e ACM, que era senador pelo PFL (hoje DEM), indicaram como votaram os colegas.

Quando renunciou, Arruda havia sido afastado da liderança do governo e tinha deixado o PSDB. Apesar do escândalo, o político foi eleito nas urnas para o governo do Distrito Federal em 2006. "Não matei nem roubei ou desviei dinheiro público, mas cometi um grande erro, talvez o maior da minha vida", disse Arruda no discurso e em outras ocasiões.

Com informações da Reuters.

Fonte: Terra
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