PUBLICIDADE

Política

SP: Haddad se apoia na figura de Lula em seu primeiro programa

22 ago 2012 - 12h58
(atualizado às 14h05)
Compartilhar

O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, explorou a figura do ex-presidente da República, e seu principal padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, com frequência em seu primeiro programa eleitoral, veiculado nesta quarta-feira, segundo dia do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, e primeiro dia destinado à propaganda dos candidatos a prefeito.

Veja o cenário eleitoral nas capitais

Veja os salários dos prefeitos e vereadores das capitais

Assim como foi apresentado na última terça-feira, durante o programa dos candidatos a vereador pelo PT, a legenda apostou em um formato diferenciado para trazer as propostas de seu candidato. No rádio, dois apresentadores recebem Lula em um programa em que Haddad é entrevistado por todos os participantes, inclusive o ex-presidente, e apresenta suas propostas.

"Vou virar radialista e vou apresentar quando puder o programa", brincou Lula no programa de Haddad, que tenta colar a imagem de novo ao petista, e traz menções a feitos das gestões de Marta Suplicy na cidade, como a criação do Bilhete Único.

O ex-presidente ainda usou o espaço para atacar, sem citar nomes, o ex-prefeito de São Paulo e um dos principais adversários de Haddad, José Serra (PSDB). Segundo Lula, Serra é "um candidato que não gosta de ser prefeito", em menção a quando tucano deixou a prefeitura da capital paulista para concorrer ao governo do Estado. "Não sei por que quer ser prefeito outra vez. Acho que pra perder", atacou.

Na televisão, a ideia de um "tempo novo" com um "candidato novo" é reforçada pela campanha petista, e até mesmo uma ampulheta com areia na cor azul - a cor do PSDB - é quebrada, em uma provocação ao fim dos tempos de governo tucano na cidade.

Atacado pelo programa petista, Serra tentou mostrar em seu espaço que também traz ideias novas a serem implementadas. Além disso, o tucano, que se classificou como um "sonhador", "dormindo ou acordado", afirma que é o único capaz de tirar ideias novas do papel, em menção à sua experiência como prefeito de São Paulo e governador do Estado.

Enquanto Haddad exalta sua parceria com Lula e a presidente Dilma Rousseff, Serra afirma que fará novos projetos em parceria com Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. O tucano apresenta diversas obras feitas em suas gestões tanto como prefeito e governador, e apresenta novos projetos para uma possível futura gestão.

Na televisão, para encerrar o programa, os tucanos apostaram em um vídeo com uma versão da música "Eu quero thcu, eu quero tcha", que diz "Eu quero Serra, eu quero já", para tentar criar simpatia dos eleitores com o candidato.

Com pouco tempo de propaganda, Celso Russomanno (PRB) fez uma breve apresentação e usou o espaço para agradecer à população pelos seus bons desempenhos nas últimas pesquisas de intenção de votos divulgadas, em que aparece na primeira posição, tecnicamente empatado com Serra.

Pouco conhecido da população, assim como Haddad, Gabriel Chalita (PMDB) usou seu tempo de propaganda para se apresentar à população, entre falas próprias e textos narrados por locutores, que contam sua trajetória como político, escritor e professor.

Paulinho da Força (PDT), Carlos Giannazi (Psol) e Soninha Francine (PPS), com pouco tempo de propaganda, optaram por uma apresentação rápida, em que aparecem lendo um texto sobre suas vidas e feitos na política. Soninha é classificada por uma de suas filhas, que participam brevemente do programa, como "ecológica", enquanto Paulinho enumera seus feitos como deputado federal e sindicalista e Giannazi se apresenta como o novo de verdade, e não como os "velhos políticos se fingindo de novos".

José Maria Eymael (PSDC) criticou a falta de universidades públicas estaduais em São Paulo, enquanto Levy Fidélix (PRTB) afirmou que teve obras importantes como o monotrilho, chamado por ele de aerotrem, copiadas, assim como o anel viário - o Rodoanel - que também seria uma de suas propostas plagiadas.

As candidatas do PCO e PSTU, Anaí Caproni e Ana Luiza Figueiredo, optaram por uma propaganda de ataque a todas as demais chapas. Com tempo reduzido, os programas das duas candidatas apresentaram discursos críticos. Primeira a aparecer no horário reservado, a candidata do PSTU encerrou seu programa com "fiquem agora com os partidos que só prometem."

Miguel Manso também apresentou críticas em seu programa, e citou as privatizações feitas pelo PSDB e também a gestão da presidente Dilma Rousseff, que segundo ele, "desacelerou na hora de acelerar".

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade