SP: Haddad diz que distribuição de cargos será 'criteriosa'
25 out2012 - 18h16
(atualizado às 18h40)
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Vagner Magalhães
Direto de São Paulo
O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou na tarde desta quinta-feira, na região central da capital paulista, que se recusa a tratar da distribuição de cargos em seu eventual governo antes do próximo domingo, data da eleição que ele disputa com o tucano José Serra (PSDB).
De acordo com Haddad, esse é um assunto que só será tratado após o fechamento das urnas e que, se alguém tem tratado isso com o seu partido, é sem o seu consentimento. Haddad diz que os convites para o primeiro escalão de um eventual governo serão com critérios pré-estabelecidos e serão feitos de maneira transparente e criteriosa. Esses critérios, segundo ele, também só serão públicos após a eleição de domingo.
"Eu me recuso a lidar com isso agora. Tudo tem o seu momento certo. No devido tempo vou anunciar. Seria deselegante da minha parte antecipar esse assunto. Eu estou em campanha", disse ele.
O candidato aproveitou também para fazer críticas ao que ele considera "propostas de última hora" de seu adversário, José Serra.
"Na eleição da Dilma foi a mesma coisa. Fez várias propostas a quatro dias das eleições. Sobre salário mínimo, sobre 13º para o Bolsa Família, sobre o reajuste para os aposentados. Típico de quem não planejou a campanha", afirmou.
No debate de ontem, Serra apresentou uma proposta de ampliação de três para seis horas do tempo de validade do Bilhete Único. De acordo com o candidato tucano, o custo da mudança será de R$ 500 milhões.
Haddad esteve na tarde desta quinta-feira na sede da Academia Paulista de Letras, no largo do Arouche, centro da capital paulista. Acompanhado do ex-candidato e agora aliado Gabriel Chalita (PMDB), membro da Casa, ele recebeu apoio de personalidades como a escritora Lygia Fagundes Telles, o cartunista Mauricio de Sousa e do maestro Julio Medaglia, entre outras personalidades.
Fernando Haddad (PT, à esq.) e José Serra (PSDB, à dir.) se cumprimentam antes do início do debate
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Haddad iniciou debate com pergunta sobre segurança, mencionando a escalada do problema em São Paulo
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Serra nega que a situação da segurança em São Paulo esteja piorando e também rejeita críticas a Operação Delegada
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Petista disse que a questão do meio ambiente está diretamente ligada ao social, e critica gestão Kassab
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Serra disse que inveja a capacidade de Haddad de fugir das perguntas, dizendo que o petista não tem proposta de parques
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Debate realizado nesta quarta-feira pelo SBT é o penúltimo antes da votação do segundo turno
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Serra lembra que o programa de governo de Haddad prevê fim das OSs, o que foi confirmado pela Justiça
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Na terceira pergunta, Haddad questiona se Serra defende adoção de pedágio por quilômetro rodado, do governo estadual
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Serra ataca Haddad lembrando a criação das taxas do lixo e da luz e diz que o petista não tem projetos
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Haddad ironiza Serra sobre cálculo de moradias e diz que pretende levar centros de cultura na periferia
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Serra lembra julgamento do mensalão e diz que essa é uma questão relevante para a disputa da prefeitura
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Haddad rebate com a acusação de um assessor da Prefeitura na gestão Kassab acusado de enriquecimento ilícito
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Debate é mediado pelo jornalista Carlos Nascimento
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Fernando Haddad (PT, à esq.) e José Serra (PSDB, à dir.) trocaram acusações durante penúltimo debate antes do 2° turno das eleições à prefeitura de São Paulo
Foto: Milena / Divulgação
A pesquisa indicou Fernando Haddad (PT) como 49% das intenções de voto
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Em pesquisa Datafolha divulgada durante o debate, José Serra (PSDB) aparece com 34% das intenções de voto, oscilação de 3 pontos para mais, mas ainda 15 pontos atrás do adversário
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
José Serra (PSDB) não conseguiu direito de resposta quando rival mencionou sua declaração sobre monitorar crianças propensas ao crime e às drogas e usou tempo de resposta para retificar sua fala
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Fernando Haddad (PT) subiu o tom quando adversário mencionou processo do mensalão durante debate