PUBLICIDADE

Política

Sérgio Cabral sofre importantes derrotas no 2º turno do Rio

28 out 2012 - 22h14
(atualizado às 22h28)
Compartilhar

No que pese ter apoiado os candidatos Rodrigo Neves (PT) e Antonio Francisco Neto (PMDB), vitoriosos em Niterói e Volta Redonda, o governador Sérgio Cabral sofreu importantes derrotas em alguns dos sete municípios fluminenses onde ocorreram eleições neste segundo turno.

Confira quanto ganham os prefeitos e vereadores nas capitais brasileiras

Conheça os candidatos a prefeito de todo o País

Em São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do Estado - só perde para a capital - e município que sofrerá forte influência econômica por conta da instalação do Polo Petroquímico em Itaboraí, cidade vizinha, a prefeitura foi conquistada por Neilton Mulim, do PR. Ele obteve 56,78% sobre o candidato do PDT Adolfo Konder. Mulin é mais do que um aliado, uma espécie de discípulo do ex-governador Anthony Garotinho que se empenhou pessoalmente nesta eleição.

Em Nova Iguaçu, o vitorioso Nelson Bornier - 55,36% sobre Sheila Gama (PDT), com 44,64% -, embora seja do PMDB, não reza pela mesma cartilha que o governador Cabral.

Em Duque de Caxias, Cabral chegou a levar o vice-presidente Michel Temer para a campanha de seu candidato, o ex-prefeito Washington Reis (PMDB). O grande vitorioso foi o deputado federal e ex-secretário do governo Cabral Alexandre Cardoso, do PSB. O socialista obteve 51,53%, numa eleição em que o jogo foi pesado, contra 48,47% do seu adversário. No caso, outro vitorioso foi o senador Lindbergh Farias, que apoiou abertamente Cardoso.

Outra derrota para Cabral foi em Petrópolis, em que retorna à prefeitura o socialista Rubem Bomtempo, que travou ferrenha disputa com o peemedebista Bernardo Rossi. Bomtempo fechou com 56,05%, contra 43,95% de Rossi. Lá também se empenharam Cabral e o presidente do PMDB, Jorge Picciani, a favor de Rossi. A disputa ali ainda pode não ter terminado devido a processos pendentes na Justiça Eleitoral.

Em Volta Redonda, onde Neto, com 55,15%, superou os 44,85% obtidos por Jorge Oliveira, Zoinho, Cabral pode gabar-se por ter derrotado um candidato do seu arqui-inimigo Anthony Garotinho, que se empenhou bastante no pleito daquele município do sul fluminense.

A Vitória de Niterói - Neves com 52,55%, contra 47,45% de Felipe Peixoto -, na verdade, tem muito mais de derrota do PDT do atual prefeito Jorge Roberto da Silveira, cuja popularidade foi a zero. O PMDB se dividiu. Enquanto Picciani apoiou Sérgio Zveiter, do PSD, Cabral ficou com Neves, seu ex-secretário de Assistência Social, deixando de lado Peixoto, outro ex-secretário estadual.

Sua expectativa é contar com o apoio de Neves para a candidatura de Luiz Fernando Pezão, seu atual vice, na sucessão. Cabral tenta conquistar petistas que se oponham à candidatura própria do partido, no caso, o senador Lindbergh Farias.Apesar da baixa popularidade de Jorge Roberto, Felipe Peixoto, candidato lançado pelo PDT à revelia do atual prefeito - que defendia o deputado estadual Comte Bittencourt -, conseguiu chegar ao segundo turno e ainda obteve 47% dos votos.

Por fim, em Belford Roxo, Dennis Dauttmam (PCdoB) conquistou 61,46% dos votos contra o deputado estadual Waguinho, que conquistou nas urnas 38,54% de todos os votos.

Segundo turno ocorre em 50 municípios
Mais de 31 milhões de eleitores foram às urnas neste domingo eleger o prefeito em 50 cidades do Brasil em que há segundo turno, sendo 17 capitais. O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, faz a cobertura completa das eleições nas capitais e principais cidades do País e apuração de votos em tempo real.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
Compartilhar
Publicidade