Sem confronto direto entre Manuela e Fortunati, debate frustra
- Murilo Matias
- Direto de Porto Alegre
Ao fim do segundo debate dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre, realizado pela TV COM, o clima foi de frustração por parte dos adversários do prefeito e candidato à reeleição, José Fortunati (PDT), devido ao formato rígido do debate, que não permitiu um confronto entre os candidatos. Em especial, entre os dois principais colocados nas pesquisas de intenção de votos, Fortunati e a concorrente do PCdoB, Manuela D'Ávila.
Conheça os candidatos a vereador e prefeito de todo o País
Acompanhe as pesquisas eleitorais
Veja o cenário eleitoral nas capitais
Confira quanto ganham os prefeitos e vereadores nas capitais brasileiras
Durante os quatro blocos do encontro, Manuela não conseguiu questionar diretamente Fortunati. Apesar disso, a comunista se mostrou positiva com o resultado da noite. "Meu diálogo com o prefeito será no 2º turno das eleições", afirmou a comunista.
Questionada sobre a similaridade do discurso dela com o candidato do PT, Adão Villaverde, a candidata disse que trata-se de uma "conjuntura natural" de candidaturas que se colocam como oposição. "Não houve articulação nenhuma (entre Villaverde e Manuela). Somos candidatos de oposição, é natural que tenhamos formas parecidas de abordar os problemas".
Fortunati considerou normal a subida de tom de seus adversários e afirmou que continuará apresentando propostas para continuar no comando de Porto Alegre. "É normal nesse momento, final de campanha. Eu continuarei com a minha postura, de apresentar propostas", relatou o pedetista.
O candidato petista continuou a criticar a gestão de Fortunati à frente da cidade, relembrando das propostas dele como candidato em 2008, quando concorreu a vi-prefeito na chapa de José Fogaça (PMDB). "O atual governo não realizou as propostas que havia assumido, continuamos a apresenta nossas propostas e nossa experiência para governar. Nossa candidatura está crescendo", disse Villaverde, confiante em sua chegada ao 2º turno.
Negando que tenha amenizado suas críticas ao prefeito, Wambert Di Lorenzo (PSDB), citou referências à EPTC como forma de garantir sua oposição ao governo. Questionado se a suposta amenização teria relação com um futuro 2º turno e apoio a Fortunati, Wambert afirmou que apenas seu partido, PSDB, decidirá sobre o apoio.