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Política

RJ: Prefeito de Japeri é suspeito de mandar matar seu rival

18 set 2012 - 18h07
(atualizado às 21h36)
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Paula Bianchi
Direto do Rio de Janeiro

Prefeito e candidato à reeleição em Japeri (RJ), na Baixada Fluminense, Ivaldo dos Santos (PSD), conhecido como Timor, é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato do comerciante André da Silva Conceição, morto com dois tiros em frente a sua casa em julho de 2011. Segundo a polícia, há indícios de que André foi morto por ser adversário político do prefeito e tentar levar para a oposição dois vereadores do PSB. "Existem indícios fortíssimos da participação do prefeito como mandante do crime", afirma o delegado responsável pelo caso, Carlos Augusto da Silva, da 63ª DP.

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Gravações divulgadas pela polícia e encontradas na casa dos suspeitos mostram o prefeito entregando um maço de dinheiro a dois vereadores. Há também um vídeo em que agentes da prefeitura retiram a banquinha de sorvetes de Andrezinho, que reage dizendo para o cinegrafista: "foi o prefeito, ele que mandou tirar. Minha mãe está com medo de ele me matar".

Até o momento, cinco pessoas foram presas e denunciadas, com exceção do prefeito, que tem foro privilegiado e só pode ser preso depois de uma requisição da Procuradoria-Geral da Justiça. Estão presos: o traficante Tiago Rosa da Silva, acusado de fazer os disparos; Ítalo Gomes Nery, o Dudu, motorista da prefeitura de Japeri que teria contratado o atirador e o levado até a casa da vítima. Além de dois assessores do prefeito, Seny Júnior e Cláudio Vieira, ex-secretário de governo de Japeri e o tio do prefeito, que emprestou o carro usado no crime.

Respostas e declarações

Para o

Tribunal Regional Eleitoral

do Rio do Janeiro (

TRE

-RJ), a candidatura de Timor segue válida, uma vez que, quando ele entrou com o pedido sua situação estava regular.

Em nota, o Ministério Público informou que as cópias dos autos referentes à investigação de crime com motivação política em Japeri ainda não foram remetidas à Procuradoria-Geral de Justiça e por isso não vai se pronunciar sobre o caso.

Timor, por sua vez, afirma através da assessoria da prefeitura que não foi citado no processo, não tem conhecimento de que seu nome faça parte das investigações e que gostaria que as pessoas que o acusam provem seu envolvimento. O prefeito diz ainda que o dinheiro entregue aos vereadores é referentes a dívidas pessoais.

Segundo a delegacia, as investigações foram encerradas e remetidas ao MP em julho.

Fonte: Terra
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