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Política

RJ: Maia, Leite e Aspásia abordam saúde e educação no 3° bloco

6 set 2012 - 00h40
(atualizado às 00h53)
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Mônica Garcia
Direto do Rio de Janeiro

Após um primeiro e segundo blocos mais amenos, a terceira parte do debate realizado nesta quarta-feira pela

Paes e Freixos trocaram farpas sobre críticas anteriores referentes às milícias cariocas
Paes e Freixos trocaram farpas sobre críticas anteriores referentes às milícias cariocas
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Rede TV!

e pela MI>Folha de S. Paulo

no Rio de Janeiro ficou agitada. A primeira perguntou partiu de Marcelo Freixo (

Psol

), que indagou ao prefeito e candidato à

reeleição

, Eduardo Paes (

PMDB

), sobre ter

chamado o socialista de "leviano", durante a sabatina da Folha de S. Paulo/UOL

, no dia 31 de agosto.

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Paes respondeu que achava leviandade o deputado estadual atacar uma pessoa pública "com mais de 20 anos na política". "Recebo muitas pessoas na minha sala e não peço relatório de antecedentes criminais para entrar lá na prefeitura", afirmou o chefe do executivo carioca. Ainda acrescentou que, até no partido de Freixo, "tem miliciano infiltrado", e acusou o rival de não ter tempo de ler "o grande livro da CPI das Milícias, que era praticamente uma Bíblia".

Freixo retrucou que não estava insinuando, mas afirmando que Paes recebeu milicianos e chefes de milícia dentro da prefeitura carioca, e que além disso o prefeito "tinha como saber" quem eram, uma vez que seu então chefe da Casa Civil, Pedro Paulo, participou da CPI e "sabia quem eram os principais chefes". Paes reiterou que o rival estava sendo leviano, "já que nem dentro de seu partido consegue controlar quem se candidatava a vereador".

O prefeito indagou Aspásia Camargo (PV), na sequência, sobre a secretária de desenvolvimento econômico. A deputada estadual respondeu que "é preciso um planejamento grande para que a cidade avance e consiga ser transparente".

Rodrigo Maia (DEM) questionou Freixo sobre propostas para resolver os problemas da região que corta a Av. Martin Luther King, "abandonada na atual gestão". O deputado afirmou que, ao contrário do que "muita gente" entende, ele não acha segurança pública de responsabilidade exclusiva do Estado, e que a prefeitura deve ter planos no setor. "É muito maior que a segurança. Você tem que investir em ação social e esse papel é da prefeitura", explicou.

O deputado federal respondeu que sua discussão sobre violência se foca "em uma região esquecida hoje", e que "é preciso resolver o problema de transporte, além de garantir investimentos na habitação, saúde e educação". Freixo comentou que a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) é um "projeto de cidade e não de segurança pública", e que a iniciativa tem se mostrado importante. "Ë preciso aproximar educação, cultura, e não isso não se resolve só com polícia, mas também com garantias de direito", argumentou.

Aspásia perguntou a Leite sobre a necessidade de uma "ótica metropolitana" no planejamento da saúde. O deputado federal disse que, se vencer, sua primeira açõa no setor será "chamar os prefeitos da região e conversar sobre a saúde". A candidata do PV empurrou o problema, que classifica como "grave", para a esfera federal, e reclamou de redução de recursos da União e da estrutura do SUS. Leite conclui o raciocínio ligando a ineficiência da área à corrupção, que "passa pelo prefeito". "Hoje percebemos um vacilo grande do atual governo", criticou.

O tucano manteve o tema da saúde ao dirigir-se ao colega da Câmara Federal, e acrescentou a educação na breve lista dos "principais problemas" da capital fluminense. Maia falou que a "educação é primordial", prometeu diminuir o gasto com publicidade - que citou como R$ 150 milhões. "Vamos estender o tempo das escolas para 7h, e as creches até as 19h", acrescentou.

Leite afirmou que os recursos da educação não estriam sendo investidos na educação, como determina a lei, e prometeu colocar dois professores em cada classe da rede municipal. Na tréplica, o democrata lembrou-se de seu pai, César Maia (DEM), quando assumiu a prefeitura, período em que, segundo o candidato, " as escolas viviam em greve". "Com a valorização dos professores, na gestão dele (Maia pai), acabaram essas greves", exemplificou.

Fonte: Terra
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