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Polícia

RJ: Justiça afasta vereadores e secretários por corrupção no interior

27 set 2012 - 18h05
(atualizado às 18h41)
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Paula Bianchi
Direto de Rio de Janeiro

A pequena cidade de Silva Jardim (RJ), município com pouco mais de 20 mil habitantes a 111 da cidade do Rio de Janeiro, chocou o promotor Marcelo Arsenio, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP), pelo grau de expertise de um esquema de corrupção arraigado na administração municipal. Três vereadores, entre eles o presidente da Câmara, Flávio Brito (PSC), e três secretários municipais foram afastados de seus cargos pela Justiça por suspeita de compra de votos.

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"A gente sabe que a corrupção eleitoral existe, mas choca enxergá-la nesse grau", disse Arsenio. "Choca em especial o desprezo com o voto dos eleitores, com pessoas se aproveitando para fazem campanha em velórios, fazendo alusão a comunidades carentes de forma pejorativa."

Ao todo, nesta quinta-feira foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão através de uma operação conjunta da Polícia Federal e do MP fluminense, na cidade de Silva Jardim, cujo slogan é: "É muito bom viver aqui".

Além de Brito, também foram afastados os vereadores Robson Azeredo (PSC) e José Américo (PT), e as secretárias municipais Vera Brito (de Turismo), irmã do presidente da Câmara, Vilma Sodré Mello (Educação) e Márcia Correa Xavier (Governo) - mulher do prefeito Marcelo Cabreira Xavier, o Zelão do PT.

Todos os vereadores concorrem à reeleição, por enquanto, eles mantém o direito de concorrer. "O caminho natural é que o MP instaure uma ação de investigação eleitoral que pode gerar a cassação do registro eleitoral ou, em caso de reeleição, do diploma de vereador", explicou o promotor Bruno Gaspar.

Segundo as investigações, iniciadas há cerca de um ano, o grupo fraudava licitações no município através de contratos com nove empresas que prestam serviços à Prefeitura e à Câmara da cidade. Essas empresas supriam o esquema de compra de votos dos vereadores.

A polícia não soube precisar a quantidade de dinheiro desviado pelo grupo, que será autuado por peculato, captação de voto ilegal, fraude eleitoral, fraude em licitação e formação de quadrilha. A partir de agora os suspeitos serão interrogados e as informações serão cruzadas com o material apreendido.

"A gente sabe que a corrupção eleitoral existe, mas choca enxergá-la nesse grau", disse o promotor do caso
"A gente sabe que a corrupção eleitoral existe, mas choca enxergá-la nesse grau", disse o promotor do caso
Foto: PF / Divulgação
Fonte: Terra
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