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Política

RJ: com troca-troca de alianças, São Gonçalo tem 7 pré-candidatos

3 jul 2012 - 10h34
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As eleições deste ano em São Gonçalo, a cerca de 25 km da capital fluminense, terão um cenário bem diferente do que o de 2008. No município de mais de um milhão de habitantes, siglas que lançaram nomes próprios no último pleito agora saem com vices, como o PT, enquanto outras que se limitaram a apoiar sem indicar nomes quatro anos atrás agora encabeçam chapas, como o PP e o PR.

Adolpho Konder (PDT), Graça Matos (PMDB) e Neilton Mulim (PR) são três dos pré-candidatos
Adolpho Konder (PDT), Graça Matos (PMDB) e Neilton Mulim (PR) são três dos pré-candidatos
Foto: Ricardo Siqueira - Secom - PMSG/Mauro Pimentel - AL-RJ/Leonardo Prado / Agência Câmara

De igual mesmo, os gonçalenses só terão a candidatura do Psol e do PCB, que saem novamente juntos. Os pré-candidatos também são os mesmos de 2008: Josemar Carvalho (Psol) pleiteia a prefeitura, com Luciana Araújo (PCB) de vice.

O PMDB mantém uma candidatura própria, e o nome escolhido de novo é o da deputada estadual Graça Matos, que em 2008 e em 2004 disputou com a atual prefeita, perdendo em ambas as ocasiões - na primeira, com 172,7 mil votos contra 240,9 mil, e na segunda, com 100,3 mil votos contra 270,5 mil, nos dois casos em primeiro turno. O vice de Graça será o colega de casa Rafael do Gordo, do PSB, partido que há quatro anos estava com os petistas.

Na coligação de agora, o PTN é o único que já estava com o PMDB no último pleito, e soma forças com PRTB, PTdoB e PSL. Completam a lista o PPS e o PV, que vêm do outro lado do balcão, deixando de apoiar o PDT, com quem estavam da última vez.

Os pedetistas perderam apoio também, em relação a 2008, do PSDB, do DEM e do PSDC. Os tucanos saem com a ex-subsecretária de Cultura, Mariângela Valviesse, de vice do deputado federal Neilton Mulim, do PR, e as outras duas siglas apoiam a chapa, ao lado do PTB.

Assim como o PR, o PP abandona o PT, com quem esteve há quatro anos, para lançar uma chapa própria, e pura, com a ex-deputada estadual Alice Tamborindeguy - candidata em 1996 e 2000 à prefeitura gonçalense - e o médico Oswaldo Elias Alves de vice. As coligações ainda não foram definidas.

Para equilibrar a perda das legendas que deixaram o PDT, o PCdoB e o PMN largam Graça para apoiar a chapa do partido da atual prefeita, que tem o ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Adolpho Konder, como pré-candidato. O vereador Miguel Moraes, do PT, sai como vice. A coligação dos petistas com o PDT tem o apoio também do PTC, do PRP e do PRB, que já estavam na aliança há quatro anos. PSD, PPL e PSC completam a lista dos aliados.

A disputa pela prefeitura de São Gonçalo tem ainda dois outros pleiteantes em chapas puras. O PSTU lança Dayse Oliveira, que em 2008 saiu como vice, posição desta vez ocupada por Guilherme Portella. A pré-candidata já tentou se eleger em 2004, também sem coligações, e disputou as eleições presidenciais de 2002 ao lado do correligionário José Maria. O PHS estreia nas eleições majoritárias da cidade com Mauro Sérgio Barros e o vice Marcio Lopes.

No jogo de forças, Adolpho Konder e seus aliados têm o apoio dos ministros Marcelo Crivella (PRB) e Carlos Lupi (PDT), além do senador fluminense Lindbergh Farias (PT). Graça Matos, por sua vez, tem o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB), enquanto o ex-chefe do executivo estadual Antony Garotinho (PR) apoia seu correligionário Neilton Mulim.

Em 2008, o município de São Gonçalo registrou 481 mil votos válidos, de um total de mais de 544 mil eleitores que compareceram as urnas - uma abstinência de 14,32%. Por isso, os gonçalenses têm direito a um segundo turno, caso algum dos candidatos a prefeito não consiga mais de 50% dos votos válidos em primeiro turno. A Câmara de Vereadores tem 21 cadeiras, que há quatro anos foram preenchidas quase pela metade pelos aliados do governo eleito - das 10 vagas conquistadas, cinco eram do PDT de Aparecida.

Fonte: Terra
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