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RJ: candidatos se comprometem com educação básica em debate

4 set 2012 - 21h24
(atualizado às 22h04)
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Juliana Prado
Direto do Rio de Janeiro

Os candidatos à prefeitura do Rio Marcelo Freixo (PSol) e Aspásia Camargo (PV) assinaram nesta terça feira uma carta-compromisso, com 21 itens, direcionada à Educação Infantil. Eles participaram de um debate na sede do Sindicato dos Professores do Rio para discutir investimentos para o setor.

Candidato do Psol à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, conta com o apoio do cantor Chico Buarque
Candidato do Psol à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, conta com o apoio do cantor Chico Buarque
Foto: Adriana Lorete / Divulgação

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O encontro, organizado pelo Fórum Permanente Educação Infantil, acabou servindo, como foi mencionado no local, para marcar o "repúdio" dos profissionais da Educação Básica, que atende crianças de 0 a 6 anos, com a política educacional da gestão atual. No documento, os candidatos se comprometem formalmente, entre outros pontos, a investir em formação de profissionais do setor, criar centros de formação de professores, fazer concurso público e ampliar o tempo de funcionamento de creches e pré-escolas.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, e o candidato do DEM, Rodrigo Maia, também foram convidados, mas não compareceram. Segundo a organização do evento, o prefeito não respondeu ao convite e Maia afirmou que iria a Brasília cumprir agenda de deputado. Por um erro na convocação dos principais concorrentes, Otávio Leite (PSDB) não recebeu o convite.

Mesmo tendo deixado o local onde acontecia o debate muito antes do final, a candidata verde se comprometeu a aumentar os investimentos no Ensino Básico da capital. Aspásia prometeu, caso eleita, aumentar o investimento na Educação para os 25% previstos em lei. Ela ainda lamentou o cenário atual em que as crianças vivem uma espécie de "analfabetismo funcional" por falta de investimentos.

Marcelo Freixo fez coro às críticas e questionou a verba aplicada em Educação hoje no Rio que, segundo ele, está abaixo dos 25% determinados por lei. Com a saída abrupta de Aspásia - que tinha outra agenda de candidata -, Freixo acabou sendo o único a ouvir as queixas e reivindicações dos professores do Ensino Básico.

O candidato insistiu nas críticas a alguns pontos, como tem feito ao longo da campanha. Entre eles, a falta de autonomia pedagógica das escolas municipais, as restrições da atuação do Conselho Municipal de Educação, a política de meritocracia, que premia professores por desempenho, e a ausência de um Plano Municipal de Educação.

Provocação

Em debate que acabou esvaziado, o candidato do Psol centralizou as discussões e recebeu algumas manifestações formais de apoio de professores. Mas também foi alvo de provocação. Questionado por um professor como iria governar sendo oposição ao governo federal, devolveu com outra provocação: "se o Eduardo Paes falou aquilo tudo do Lula e tem hoje o apoio do ex-presidente, imagina a gente que teve uma relação boa durante tantos anos (com o PT e com Lula)". Mesmo sem citar o episódio, Freixo se referiu ao fato de Paes, que se filiou ao PSDB em 2003, ter sido oposição a Lula durante o início do governo e também durante o escândalo do mensalão.

Fonte: Especial para Terra
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