RJ: candidatos encerram debate com farpas e elogios a si mesmos
- Mônica Garcia
- Direto do Rio de Janeiro
O último bloco do debate promovido pela Rede TV! e pelo jornal Folha de S. Paulo com candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro foi destinado para que cada um dos cinco convidados - Eduardo Paes (PMDB), Marcelo Freixo (Psol), Rodrigo Maia (DEM), Otávio Leite (PSDB) e Aspásia Camargo (PV) - fizesse as considerações finais.
Veja o cenário eleitoral nas capitais
Veja quanto ganham os prefeitos e vereadores nas capitais brasileiras
Aspásia iniciou a rodada agradecendo a todos, e ressaltou sua experiência em diferentes cargos. Afirmou que conhece "os problemas da cidade" e que quer ser a primeira mulher na prefeitura carioca. Defendeu o papel da sustentabilidade e disse que "é preciso construir cidades para o futuro". Ainda reiterou a capacidade de sua legenda de "conversar e dialogar com todos".
Freixo classificou o debate como "ótimo" e afirmou que "é preciso mais como esse". Voltou ao assunto das milícias e sugeriu como parâmetro os resultados do buscador Google para pesquisas com seu nome e o de Paes acompanhados da palavra "milícia", para "ver quem está mentindo". Expressou sua impressão de que a juventude está desmotivada e evocou Chico Buarque, um de seus apoiadores, para convidar os jovens a "participar mais" do processo eleitoral. Concluiu pedindo que os cariocas o ajudem a chegar ao segundo turno para que seja possível "aprofundar o debate".
Paes afirmou que seu objetivo no debate foi "discutir a cidade". Afirmou que, quando assumiu, o município não tinha orgulho, e que "hoje o carioca recuperou o orgulho de viver no Rio". Ressaltou a parceria de sua gestão com os governos federal e estadual e municipal e destacou a saúde como uma área que em que "ainda é preciso avançar". "Esse é um grande motivo para continuar sendo prefeito", finalizou.
Maia relembrou sua trajetória política e afirmou que está preparado para ser prefeito do Rio. Perguntou como o prefeito consegue andar de carro sem trânsito, e usou uma estrofe do próprio jingle para perguntar "para quem o Rio está bombando? A educação, saúde, trânsito está bombando? ". Concluiu apelando que o governo "deixe de bombar para as empreiteiras e as empresas de ônibus, e que bombe para a população, na saúde, educação e no transporte".
Leite, encerrando o debate, lembrou o julgamento do mensalão e afirmou esperar "que a máfia do planalto seja condenada". Ressaltou o debate como espaço para apresentação de suas propostas e afirmou conhecer "cada canto dessa cidade". Cutucou Freixo, que até o último pleito votava em Niterói, ao afirmar que não transferiu seu título de eleitor para o Rio "há apenas um ano". Finalizou dizendo que foi "o único que apresentou soluções concretas e com recursos viáveis".
