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Política

Rio: Paes ouve críticas a política de transporte rodoviário

5 out 2012 - 01h08
(atualizado às 01h29)
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Giuliander Carpes
Direto do Rio de Janeiro

Como Eduardo Paes (PMDB) abriu o quarto bloco do último debate antes do primeiro turno da eleição, pôde falar apenas no início e no fim - quando foi questionado. Com o pouco espaço do atual prefeito, os demais candidatos ficaram livres para criticar a política de transporte da prefeitura, que privilegia os ônibus através dos projetos de corredores expressos. Paes nada pôde fazer para rebater e até reclamou.

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"Eles passaram o tempo todo questionando a opção do transporte e eu nada pude falar. Eu devia poder ter a chance de me manifestar, mas tudo bem", disse Paes.

Marcelo Freixo (Psol), que ainda ambiciona chegar ao segundo turno, até gostaria de ouvir o prefeito, mas foi impedido pelas regras do debate. "Não posso perguntar para o Eduardo?", perguntou. "Ele abriu o bloco", explicou o mediador Márcio Gomes. "Que sorte, hein?!", brincou Freixo.

Freixo afirmou que a Guarda Municipal devia voltar a tomar conta do trânsito e mostrou-se contra a opção rodoviária de Paes, cujos corredores expressos de ônibus são condição dada ao Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Olímpicos de 2016.

"Temos metrô com duas linhas sobrepostas de apenas 42 km. A prefeitura devia pressionar para que o Governo do Estado investisse mais em metrô, mas o prefeito preferiu manter sua aliança, ficando contra a sociedade, na questão da linha 4 (que vai ligar a Barra da Tijuca à Gávea). O governo escolheu um trajeto pior e o prefeito nada fez."

Freixo ainda acusou o prefeito de não tomar providências contra a formação de um "cartel" de empresas que tomam conta do transporte da cidade.

"O Tribunal de Contas do Município viu claros indícios de cartel, já que as quatro empresas têm o mesmo endereço. O Rio de Janeiro precisa de um prefeito que tenha coragem de enfrentar este cartel para melhorar o transporte público da cidade."

Paes mantém posição apaziguadora

Durante o último debate antes do primeiro turno da eleição para prefeito do Rio de Janeiro, houve dois blocos de perguntas sobre temas pré-definidos. Em ambos, o atual prefeito Eduardo Paes voltou suas perguntas para Aspásia Camargo, candidata com menos chances segundo as pesquisas ¿ tinha 1% no último levantamento do Datafolha.

Com a estratégia, o candidato da situação evitou confronto com seus principais opositores, Freixo e Maia. Durante o debate, Paes até chegou a taxar Maia de "deselegante". "Essa não é a postura adequada para um debate a essa hora da noite", afirmou, no seu estilo debochado.

"Eles passaram o tempo todo questionando a opção do transporte e eu nada pude falar. Eu devia poder ter a chance de me manifestar, mas tudo bem", disse Paes
"Eles passaram o tempo todo questionando a opção do transporte e eu nada pude falar. Eu devia poder ter a chance de me manifestar, mas tudo bem", disse Paes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Fonte: Terra
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