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Política

Rio de Janeiro ganha com debate sobre milícias, diz Freixo

6 set 2012 - 01h42
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André Naddeo
Direto do Rio de Janeiro

O candidato do PSol à Prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado estadual Marcelo Freixo, se disse satisfeito em ter tido mais uma oportunidade de discutir a questão das milícias, após o debate promovido pela Rede TV! e o jornal Folha de S.Paulo, na noite desta quarta-feira, mesmo após o episódio em que ficou reconhecido que um membro do seu partido, o candidato a vereador Rosemberg Alves, tem ligações com os grupos paramilitares.

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Foto: Daniel Ramalho / Terra

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"Acho que o debate sobre a questão das milícias é bom. As milícias aumentam no Rio de Janeiro, apesar do grande número de prisões (após a CPI das Milícias, em 2008). E milícia não é problema de polícia, é problema de política. Que bom que pôde ocorrer esse debate, o Rio de Janeiro ganha com isso", afirmou Freixo.

"Nós tivemos um problema. Alguém que era secundário na milícia, claramente infiltrado ali. Era absolutamente impossível se descobrir que essa era a mesma pessoa que estava lá. Agora, qual é a atitude tomada? O diretório se reuniu e definiu pela expulsão. É ver como cada um reage. É diferente de outros que foram indiciados, presos, e condenados e continuam filiados ao partido do prefeito", completou.

Marcelo Freixo e Eduardo Paes protagonizaram o auge caloroso do debate na abertura do terceiro bloco, quando o deputado estadual questionou o prefeito sobre o tema, após ter sido chamado de "leviano". Farpas para os dois lados: Paes disse que "não tinha tempo de ler a bíblia da CPI das Milícias" e que "não peço relatório de antecedentes criminais", enquanto Freixo afirmou que, em 2009, uma reunião em que esteve presente o então chefe da Casa Civil municipal e hoje coordenador da campanha do PMDB, deputado federal Pedro Paulo, bastaria para que a administração municipal tivesse conhecimento dos líderes milicianos.

"O Eduardo Paes, quando era muito ligado ao Cesar Maia, foi subprefeito de uma região clássica da milícia (Jacarepaguá, na zona oeste do Rio). Ele conviveu com todos esses caras que depois ficaram famosos. Ele conviveu com o Nadinho, com o Natalino e com o Jerominho (membros da Liga da Justiça, grupo miliciano de forte atuação). Essas pessoas foram filiadas ao mesmo partido que ele. Estou falando de líderes, de pessoas que comandavam o crime organizado", disparou Freixo.

"Ele conviveu com essas pessoas na área que ele cresceu politicamente. Foi uma reunião para fazer reunião do transporte alternativo, principal braço econômico da milícia. Ele não estava com um ou dois, estava com muita gente. A relação desse grupo do PMDB com as milícias é antigo. Não estou falando que são milicianos, mas são pessoas que, dentro da sua prática política, alimentaram as milícias", completou o candidato do PSol.

Fonte: Terra
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