Rádio: Haddad fala de OSs e propostas; Serra ataca com áudios

24 out 2012 - 07h23

(atualizado às 07h32)

Fernando Haddad (PT) se defendeu mais uma vez das acusações sobre o fim das OSs (Organizações Sociais na Saúde), feitas pelo adversário José Serra (PSDB), durante a propaganda eleitoral transmitida no rádio na manhã desta quarta-feira. Já Serra usou trechos de vídeos e áudios de petistas - entre eles, o de um comício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Diadema (SP), neste segundo turno das eleições - para atacar o adversário. No comício, Lula discursou sobre o risco de se eleger candidatos desconhecidos.

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O petista apresentou algumas propostas para a cidade, em especial na área de habitação e mobilidade urbana. "Quero fazer cada bairro funcionar como uma cidade, com empregos, escolas", afirmou. No centro da capital, o petista disse que vai juntar serviços, lojas e residências em únicos prédios, através de parcerias com empresários, já que os custos seriam menores. "Para isso, também vou poder contar com a parceria do governo federal e o Minha Casa Minha Vida".

Já na periferia, onde há menor oferta de empregos, o petista prometeu atrair empresas através de incentivos fiscais, além de implantar programas como o Rede Hora Certa, que reúne consultas médicas, exames e pequenas cirurgias em um único lugar, além da criação de CEUs.

Outras propostas do candidato foram comentadas, tais como: isenção da taxa de inspeção veicular, a criação de 150 quilômetros de corredores de ônibus. criação do Bilhete Único Mensal, além de hospitais na Vila Matilde, Brasilândia e Parelheiros, além da rede Hora Certa em cada subprefeitura. Na educação, a criação 172 creches com recursos já disponíveis pelo governo federal apareceu nas propostas.

A campanha se defendeu mais uma vez das acusações feitas pelo adversário em relação ao fim das parcerias das OSs. "Nosso adversário não se conforma com a possibilidade de perder uma eleição. De forma quase obsessiva, ele se agarrou a essa fantasia. Em momento nenhum eu disse que acabarei. Não farei nada que possa prejudicar o sistema de saúde, sobre isso vocês podem ficar tranquilos", disse o petista. A narradora do programa disse então que os vídeos e áudios transmitidos pelos tucanos, que mostram petistas comentando as OSs - entre eles, o próprio Haddad -, teriam sido editados de forma a dar outra interpretação.

Já a propaganda de Serra começou abordando o julgamento do mensalão, para em seguida falar, mais uma vez, das OSs. Os tucanos insistiram que os petistas vão acabar com as parcerias caso sejam eleitos.

Um trecho do comício feito por Lula em Diadema (SP), que mostra o ex-presidente dizendo que a cidade não podia trocar o certo por um novo desconhecido, também foi usado pela campanha de Serra - o slogan do adversário afirma que Haddad é o novo. No discurso de Lula, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi citado.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) participou, como de costume, da campanha. Serra disse que trabalha tanto para pobres quanto para ricos. "Vamos somar os esforços", disse o governador.

Entre as propostas apresentadas pelo tucano, está uma "mudança grande" no transporte púbico, 30 AMAs 24 horas e 10 AMAs especialidades, novos hospitais em Cidade Dutra, Lapa e Vila Carrão. Serra prometeu também fazer 25 quilômetros de novas linhas de metrô e a ampliar da jornada do ensino fundamental para sete horas, além de criar de um centro de formação para professores.