PUBLICIDADE

Política

"Chalita e Haddad devem crescer com propaganda", diz analista

21 jul 2012 - 19h38
(atualizado às 19h45)
Compartilhar

A pesquisa Datafolha para a Prefeitura de São paulo, divulgada neste sábado, apontou um alto índice de desinformação sobre os candidatos Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB). Apesar do peemedebista ainda ser desconhecido por 40% dos eleitores e o petista por 45%, os candidatos tendem a crescer com o início da propaganda eleitoral na TV e no rádio, a partir do dia 21 de agosto, afirma um analista ouvido pelo Terra. "Os resultados de Chalita e Haddad são o reflexo de uma falta de visibilidade na mídia. São pessoas novas para a população que tendem a crescer com os programas de rádio e televisão", explica o cientista político Gaudêncio Torquato Rego, acrescentando que o desconhecimento "não causa surpresa".

Veja o cenário eleitoral nas capitais

Veja os salários dos prefeitos e vereadores das capitais

Neste sábado, pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo apontou empate técnico entre os candidatos José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) nas intenções de votos para a Prefeitura de São Paulo. Em um levantamento feito com 1075 eleitores, o tucano aparece com 30% de simpatizantes, contra 26% do outro candidato. A margem de erro é de 3 pontos.

Para Gaudêncio, os resultados se refletem no retrato anterior das pesquisas de intenção de voto que favorecem Serra e Russomanno. "Retrata a lembrança da população sobre Serra, o mais conhecido, ex-prefeito e ex-governador, e o Russomanno, aquele que até pouco tempo tinha um programa de televisão na Record", considera. Ele acredita que a segunda fase da campanha deve ter uma reviravolta com a visibilidade da propaganda eleitoral. "Acho difícil o Russomanno se sustentar na posição dele", completa.

O fator de maior surpresa na pesquisa, na opinião do cientista político, foi o aumento do índice de rejeição de José Serra, de 35% para 37%, sete pontos percentuais a mais do que o resultado obtido na intenção de voto. "Este fator acende a luz amarela para o Serra na medida em que os eleitores dizem: 'não vote de jeito nenhum nessa pessoa'". Se a campanha tucana não diminuir o índice para 15% ou 20%, acrescenta ele, há o risco de Serra cair nas intenções do eleitorado.

Serra não quis falar sobre o aumento da rejeição em torno de seu nome na capital paulista. "Ainda tem muita coisa para acontecer, nós vamos batalhar para manter a liderança e ganhar as eleições, mas falta debate, falta programa eleitoral. Com o programa de TV é outra dimensão", disse em referência a uma possível mudança no cenário da intenção de votos.

Votação espontânea

Gaudêncio Torquato Rego ainda vê uma indefinição no cenário eleitoral paulistano por causa do alto índice de eleitores que ainda não definiram o voto. Na votação espontânea, a pesquisa registrou um índice de 61%. "É um indicativo de que a campanha está indefinida e não significa absolutamente que teremos Serra e Russomanno no segundo turno. Ainda tem muito tempo para haver uma mudança de posições".

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade