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Política

PTB irá integrar governo de Tarso Genro no Rio Grande do Sul

31 out 2010 - 01h36
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Flavia Bemfica
Direto de Porto Alegre

No Rio Grande do Sul, o PTB oficializou neste sábado (30 )que participará do governo de Tarso Genro (PT). O petista foi eleito no primeiro turno da eleição estadual com uma aliança que têm ainda o PSB, o PCdoB e o PR. Com a decisão, o PTB, que não apresentou candidato à eleição para o governo e oficialmente permaneceu neutro durante a campanha, torna-se o primeiro partido de fora da aliança a confirmar que vai integrar a base de apoio do novo governador e marcar presença no Executivo. No primeiro escalão foi confirmado que ficará, pelo menos, com a Secretaria do Trabalho, pasta que existia no passado e será recriada no governo Tarso.

A definição do PTB foi anunciada no final do dia de sábado (30), após um almoço que reuniu deputados petebistas (entre eles todos os estaduais eleitos), Tarso e o senador Ségio Zambiasi (PTB), na casa deste último em Porto Alegre. Na verdade, as negociações foram feitas diretamente entre Tarso e Zambiasi e ocorriam há muito tempo (se dependesse do senador, o PTB teria integrado a coligação encabeçada pelo PT desde o início da campanha). O almoço serviu mais para que a decisão tivesse um caráter democrático.

O PTB não descarta a possibilidade de uma outra pasta, mais encorpada, como Habitação, ou Obras. Só que, assim como outras siglas aliadas, os petebistas temem receber uma secretaria que, com base em sua história, pareça forte, mas, com as reformas que devem ser implementadas no novo governo, acabe perdendo peso político e orçamento. O PT, que desde a semana passada já havia dado publicidade ao fato de que estava disposto a oferecer a Secretaria do Trabalho aos trabalhistas, ventila a possibilidade de que integrantes de partidos aliados poderão ocupar direções na Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) ou no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), por exemplo.

Depois do anúncio do PTB, o PDT é o próximo alvo das negociações. Os pedetistas não admitem de público, mas sonham com as pastas da Educação e da Saúde. O PT não fecha a porta, mas não faltam candidatos petistas para a Educação.

Com o apoio do PTB, Tarso passa a contar com o apoio de 25 dos 55 deputados na Assembleia Legislativa. Seu partido, o PT, elegeu 14; os aliados PSB e PCdoB elegeram, respectivamente, três e um deputado. O PTB fez seis cadeiras e Tarso cavou ainda a dissidência de Mano Changes (PP). O PDT, por sua vez, terá sete parlamentares na próxima legislatura (o que significa que, se fechar com o petista, o governador eleito terá assegurada a maioria no Legislativo). Em tempo: o PTB integra também a base de apoio na administração atual, da governadora Yeda Crusius (PSDB), e alguns dos deputados que agora estarão com Tarso se destacaram no passado recente como ferrenhos defensores da tucana.

Fonte: Especial para Terra
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