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Política

Pré-candidatos de Curitiba ainda correm atrás de vice ideal

25 mai 2012 - 17h14
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Roger Pereira
Direto de Curitiba

Com as coligações partidárias praticamente definidas (resta apenas a definição da situação do PMDB, que vive uma disputa interna entre a pré-candidatura de Rafael Greca e a tese de coligação com o prefeito Luciano Ducci, do PSB), os principais nomes que disputarão a prefeitura de Curitiba em outubro iniciam, agora, a busca pelo vice ideal. Mas nem Ducci, nem Gustavo Fruet (PT), nem Ratinho Júnior (PSC) têm, ainda, certeza de quem comporá suas chapas.

Fruet já deu ao PT a prerrogativa da escolha do vice. O favorito do pré-candidato é o deputado federal Ângelo Vanhoni, que já disputou o segundo turno das eleições municipais por duas vezes. Ele, entretanto, não demonstra muita empolgação com a disputa.

"Pessoalmente, a minha preferência é continuar como deputado federal. Mas aceitei discutir a possibilidade de ser o vice", afirmou. "Mas essa é uma decisão em conjunto. Não cabe apenas a mim. Estamos conversando e eu não recusei, ainda não dei minha resposta".

Segundo o próprio Vanhoni, o PT tem pressa na definição desse nome. "A posição é que não devemos adiar por mais tempo a indicação do candidato a vice porque temos várias tarefas a cumprir e que são importantes, como a discussão do plano de governo e a formação da chapa de candidatos a vereador. Com o vice escolhido, poderemos nos dedicar mais a essas atividades", declarou.

Com o deputado federal fora da disputa, quem concorre à indicação é a presidente municipal do partido, Roseli Isidoro, e o vereador Pedro Paulo. A primeira tem como trunfo a questão do gênero, que poderá permitir uma ligação do eleitor às figuras da presidente Dilma Rousseff e da ministra da Casa Civil, a paranaense Gleisi Hoffmann. Já o segundo aposta em sua inserção na periferia da cidade, um dos pontos fracos de Fruet.

Outro aliado de Fruet, o PV até se colocou à disposição para a indicação do vice, com a tese de que explicar um vice do PT seria mais complicado para Fruet - que já foi do PSDB e um dos principais opositores do governo Lula.

Mas os verdes respeitam a prioridade dada ao PT, numa construção que levou mais de seis meses para viabilizar a aliança que, agora, tem o aval até do ex-preisdente Lula. "Somos pequenininhos. Não temos cacife para impor um vice. O mais impotante para nós é garantirmos uma boa coligação na proporcional para elegermos, pelo menos, três vereadores", disse o deputado estadual Rasca Rodrigues (PV).

PSB com PSDB

Na chapa de Ducci, a prerrogativa de escolha do vice é do principal aliado do partido, o PSDB, e será o governador Beto Richa (PSDB) quem vai dar a última palavra sobre o candidato a vice-prefeito.

Com os escândalos envolvendo o nome que vinha sendo trabalhado até o ano passado, o do vereador e ex-presidente da Câmara João Cláudio Derosso (PSDB), os tucanos buscam, agora, um novo nome e já estudam a possibilidade de o vice vir de outra legenda, como o PMDB, caso o partido venha a integrar a chapa.

Como Ducci, ex-vice-prefeito de Beto Richa, nunca disputou uma eleição majoritária na cabeça de chapa, é consenso, dentro do grupo político comandado por Richa, de que o vice de Ducci tem que ser bom de voto. "É alguém que tem que ter muitas qualidades. Mas tem que ter votos ou pelo menos ter a capacidade de agregar à chapa", disse o governador.

Sem o PMDB, um nome que ganha força é o de Rubens Bueno (PPS), que já foi terceiro colocado em eleições municipais e estaduais, apesar de o deputado federal já ter declarado que o PPS não abrirá mão da pré-candidatura de sua filha, a vereadora Renata Bueno. Outros partidos aliados também já ofereceram seus nomes, como os dos deputados Ney Leprevost (PSD) e Osmar Bertoldi (DEM). Se o vice ficar mesmo com o PSDB, os preferidos são Fernando Francischini, Omar Sabbag ou Mauro Moraes.

PSC

Com apoios de partidos como PCdoB e PR, Ratinho Júnior (PSC) também estuda o melhor nome para seu vice. Com a principal liderança do PR em Curitiba, o ex-deputado Carlos Simões, envolvido em problemas judiciais, um nome do PCdoB, como o de Carlos Gomyde, é visto com bons olhos pelo núcleo da campanha do deputado federal. Mas não há, ainda, nenhuma definição.

Fonte: Terra
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