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Política

PR: 'Resultado foi um recado aos caciques', diz Fruet

8 out 2012 - 20h09
(atualizado às 20h30)
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Roger Pereira
Direto de São Paulo

Classificado para o segundo turno das eleições contrariando o prognóstico de todos os institutos de pesquisa, inclusive na Boca de Urna, o candidato do PDT à prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet, exaltou sua aliança com o PT e o PV e sua decisão de sair do PSDB e construir uma candidatura de oposição ao prefeito Luciano Ducci (PSB), a quem tirou do segundo turno por menos de cinco mil votos.

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O resultado das urnas foi um recado importante para alguns caciques que se acham donos de partidos", declarou o pedetista sem citar o nome do governador Beto Richa (PSDB), personagem principal na decisão do PSDB de apoiar Ducci e negar legenda para que Fruet disputasse a prefeitura pelo partido. O candidato atribuiu sua virada à militância, ao programa de TV e, principalmente, a seu desempenho nos debates da última semana.

Fruet também voltou a criticar os institutos de pesquisa, que nunca o colocaram no segundo turno. Em nota, nesta segunda-feira, o Ibope afirmou que a disputa era bastante acirrada em Curitiba, que o instituto identificou uma reação de Fruet, mas que não foi capaz de medir que essa reação seria suficiente para virar a disputa com Ducci.

"Foi um erro grotesco, e não foi a primeira vez e nem só em Curitiba. Os institutos têm que rever sua estratificação, ficou provado que não está correto. Quando critico, não estou insinuando má fé, mas afirmo que eles precisam rever os métodos", disse o candidato.

Sobre apoios no segundo turno, Fruet disse que não pretende procurar Ducci (que já declarou neutralidade), ou o governador Beto Richa. "Quero falar é com os eleitores deles, mostrar que temos as melhores e as mais viáveis propostas", disse.

No entanto, o pedetista afirmou que buscará, pessoalmente, o apoio de Rafael Greca (PMDB), quarto colocado na disputa, com pouco mais de 10% dos votos. "Vou falar com o Greca, não só pela excelente votação que teve (102 mil votos), mas pela bela campanha que apresentou. Acho que nossos programas podem se complementar", disse.

Fruet também agradeceu a declaração de apoio do ex-governador e ex-prefeito Jaime Lerner, que divulgou nota nesta segunda-feira afirmando que "quem ama Curitiba vota em Fruet". "Fico muito grato por esta manifestação de apoio. Sem dúvida, Jaime Lerner foi um dos grandes prefeitos de Curitiba. Sua administração deixou um legado, principalmente de infraestrutura urbana, que até hoje projeta Curitiba mundialmente", afirmou.

Disputando com outro candidato da base do governo federal, apesar de ter o PT na sua coligação, ocupando, inclusive, a vaga de vice, com Mirian Gonçalves, Fruet não está muito esperançoso em contar com a presença da presidente Dilma Rousseff em Curitiba. "Ontem à noite até conversei com a ministra Gleisi Hoffmann, e vamos tratar do assunto mais para frente. Mas esta eleição mostrou que os grandes cabos eleitorais estão tendo uma influência limitada", disse.

Fruet disse ainda que a estratégia para o segundo turno será confrontar carreiras e propostas. "Vamos apresentar as propostas, como fizemos no primeiro turno e mostrar sua viabilidade, como iremos fazer. Que os eleitores comparem a trajetória dos candidatos e o nível das propostas", disse. "Nesse segundo turno é um contra o outro, não tem como ficar se escondendo atrás de discurso pronto preparado por marketeiros", provocou.

O pedetista também rebateu a declaração de Ratinho Júnior de que só o candidato do PSC realmente representa mudança. "Atuação firme e independência se mostram com atitudes práticas e não com discurso preparado por marketeiro. Voltei de Brasília sem concessão de rádio ou TV e nunca dependi de verbas públicas, ao contrário dos candidatos que se dizem independentes. Agora, vou mostrar que tenho o melhor projeto e as propostas mais concretas."

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Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
Fonte: Especial para Terra
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