PUBLICIDADE

Política

Partidos de direita perdem quase metade do eleitorado em 2012

31 out 2012 - 10h03
Compartilhar

Os principais partidos de direita perderam quase metade do eleitorado entre 2008 e 2012. Segundo levantamento do Valor Econômico, PP, PTB e PR (ex-PL), somados ao DEM (ex-PFL) e ao estreante PSD (criado após racha entre democratas), governarão 13% dos eleitores de cidades grandes (com mais de 200 mil votantes), percentual que em 2008 era de 25,1%. Considerando-se todos os municípios, a queda é menos acentuada, de um terço: de 33% para 22% neste ano. O PSD, que nasceu como a quarta maior legenda no País, estreou em 2012 e somou 6,2% do eleitorado brasileiro, a maior parte em cidades menores - a única capital da sigla de Kassab é Florianópolis, onde César Souza Junior venceu no segundo turno. O DEM, mesmo garantindo Salvador com ACM Neto e Aracaju com João Alves, passou de 13,9% para 4,6% no geral e de 7,7% para 6,1% nos grandes municípios.

Veja o cenário eleitoral no País

Veja os salários dos prefeitos e vereadores das capitais

O PTB minguou de 9,3% para 2,98% no Brasil, e conseguiu perder todas as grandes cidades que governava - antes, 13,7% do eleitorado. Só em São Paulo, os petebistas tiveram duas derrotas emblemáticas. Em Santo André, com mais de 550 mil pessoas, os petistas levaram com Carlos Grana. Em São Caetano o cenário foi ainda pior. Embora o município não tenha segundo turno, desde 1992 era governado pelo PTB: história que muda a partir de 1° de janeiro, já que a candidata Regina Maura, apoiada pelo atual prefeito, José Auricchio Júnior, deixou a prefeitura escapar para Paulo Pinheiro (PMDB). O prefeito eleito era petebista, e mudou de legenda quando se sentiu sem espaço no partido. Para o primeiro-secretário nacional do PTB, Carlos Thadeo, os principais motivos do enfraquecimento são a falta de postos nos governo federal e o julgamento do mensalão - esquema exposto pelo ex-deputado federal cassado Roberto Jefferson, presidente do partido. O foco do deputado Campos Machado na campanha fracassada de Celso Russomanno (PRB) em São Paulo e a falta de renovação nos quadros do partido também são apontados como fatores de influência.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade