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Política

Paes evita falar de Lula; Freixo diz que miliciano foi expulso

5 set 2012 - 23h55
(atualizado em 6/9/2012 às 00h54)
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Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro

O prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), evitou comentar as críticas que fez, no passado, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao governador Sérgio Cabral (PMDB), seus atuais aliados. Paes criticou duramente Lula quando era deputado federal pelo PSDB, durante a CPI do Mensalão, entre 2005 e 2006, mas acabou ganhando o apoio do ex-presidente em 2008, quando se elegeu já atual partido

 O debate no clube Monte Líbano, começou às 22h45 e tem a presença de cinco candidatos
O debate no clube Monte Líbano, começou às 22h45 e tem a presença de cinco candidatos
Foto: Daniel Ramalho / Terra

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O peemedebista voltou a utilizar o repetido discurso de que a união dos governantes é benéfica para o Rio, e defendeu a aliança firmada naquela época. Paes garantiu que dará continuidade à parceria. Segundo o candidato, seus eleitores esperavam que ele selasse a paz com os governos federal e estadual quando votaram nele em 2008.

"O que nós buscamos é que a prefeitura deixasse de ser espaço de luta política, trincheira política. A cidade perdeu muito com isso. O Rio cansou de encrenqueiro, pessoas que pensam pouco no interesse da cidade", afirmou.

Marcelo Freixo (Psol) foi questionado por Paes sobre a presença de um candidato a vereador de seu partido que seria ligado a um grupo de milicianos. Freixo, que presidiu uma CPI para combater esses grupos paramilitares, garantiu que Rosemberg Alves foi expulso da legenda nesta quarta-feira. O candidato adiantou que o partido irá pedir a anulação da candidatura.

"É grave o que aconteceu. Ele foi citado e não indiciado no relatório da CPI. Não tinha como a identificação ser feita antes. Pedimos investigação, e confirmamos que ele é ligado ao Deco, ex-vereador que mais ameaçou a minha vida. Tudo indica que era infiltrado", comentou Freixo.

Rodrigo Maia (DEM) defendeu a Cidade da Música, ao ser questionado sobre o projeto iniciado por seu pai, Cesar Maia (DEM), e que foi inaugurado ainda inacabado, no final de 2008. Para o deputado federal, o projeto é o melhor equipamento de cultura da América Latina, e o prefeito não teria dado seguimento à iniciativa por "picuinha política".

"O Cesar Maia deixou 90% pronto, e eles não terminam para criar um desgaste. Queremos cobrar a abertura de um projeto que tem muito a agregar à cultura do Rio", observou.

Otávio Leite (PSDB), que foi vice-prefeito do Rio de 2001 a 2004, na gestão Cesar Maia, enfatizou que não tenta negar sua parceria, no passado, com o ex-prefeito, mas evitou assumir responsabilidades sobre projetos polêmicos, como a Cidade da Música. "Trabalhei muito para integrar o deficiente à cidade, liderei muitos desses projetos", comentou o deputado federal.

Aspásia Camargo (PV), que sustenta estar ligada à ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tentou justificar o fato de a líder ambientalista não participar de sua campanha. Lembrou de uma "saída traumática" de Marina da legenda verde e argumentou que a ex-ministra se sente constrangida em ter que caminhar com ex-correligionários que fizeram oposição a ela dentro do partido.

"Por eu ser candidata majoritária, ela se sente constrangida em estar com pessoas que foram adversárias. É uma decisão dela que respeito", explicou Aspásia, acrescentando que ainda defende a volta de Marina ao PV.

Fonte: Terra
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