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Política

No 3º bloco, Maia e Freixo fazem 'dobradinha' para atacar Paes

2 out 2012 - 00h58
(atualizado às 01h00)
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Paula Bianchi
Direto do Rio de Janeiro

No terceiro bloco do debate, Rodrigo Maia (DEM) e Marcelo Freixo (Psol), que não tiveram oportunidade de questionar o atual prefeito Eduardo Paes diretamente por causa do sorteio, fizeram uma dobradinha ao comentar as denúncias da revista Veja que divulgou no fim de semana um vídeo em que mostra dirigentes do PTN mencionando que receberiam R$ 1 milhão do PMDB do Rio, em troca de apoio a Paes na eleição deste ano.

"No início da eleição foi montando um latifúndio eleitoral. No sábado começamos a ver a ponta desse iceberg", atacou Maia. Freixo, por sua vez, concordou com o colega e fez questão de ler a fala do presidente do PTN, Jorge Sanfins Esch. "Não me parece uma aliança política, parece um negócio", disse. Para ele, a coligação do prefeito Paes tem como objetivo evitar o 2º turno a todo custo e precisa ser investigada. "O que está acontecendo? Ele (Esch ) é um mentiroso? Então por que chama um mentiroso pra governar junto? Não é? Então tem um crime aí", afirmou.

A "tabelinha" entre os dois levou Paes a solicitar direito de resposta a Record.

Ao questionar a candidata do PV, Aspásia Camargo, Freixo voltou a tema. "Você não acha que uma aliança feita com base no toma lá da cá não acaba sendo uma ameaça à democracia?", perguntou. A candidata verde não apenas concordou, como também criticou o atual prefeito, dizendo que seu tempo de horário eleitoral era tão longo que chegava a cansar o eleitor, e declarou que é impossível para qualquer prefeito governar com 19 partidos e devolveu com uma pergunta para Paes. "Por que o prefeito fez tanta questão desse tempo de televisão quando poderia ser muito mais feliz sem o PTN e com menos tempo de televisão, talvez com horários mais fáceis de absorver? O tempo de televisão do prefeito, desculpe dizer, é muito longo e cansa o eleitor", disse.

Os únicos candidatos que preferiram evitar o tema PTN foram Paes e Otávio Leite. Primeiro a perguntar, o candidato do PSDB preferiu questionar o atual prefeito sobre os gastos em educação, que estariam abaixo dos 25% do orçamento estipulado por lei. Paes respondeu que o candidato estava equivocado. "Nós estamos investindo e muito em educação", disse. "O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) analisou que não houve nenhuma ofensa, não se foram gastos 25%. Basta ver a prestação de contas do município do ano passado."

Entre uma fala e outra, prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB) bebe água
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
Fonte: Terra
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