Kassab: não se resolve todos os problemas da cidade em uma gestão
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), ressaltou o lado positivo da pior taxa de aprovação de sua gestão nos últimos quatro anos, divulgada pelo Instituto Datafolha na segunda-feira. "Mais pessoas entendem que o bom é o regular", disse Kassab, em entrevista à rádio CBN. "Regular é aprovado. Por esses números, quase 70% da cidade aprova a gestão." Ele afirmou que continua dando nota 10 para o próprio governo, argumentando que "não se pode misturar a eficiência de uma gestão com a falta de condições para resolver os problemas". Em relação às áreas mais criticadas de seu governo, educação, saúde e transporte, o prefeito afirmou que isso só revela que a prefeitura está investindo certo, porque são as áreas de maior gasto da atual administração. "Não vamos numa única gestão resolver todos os problemas da cidade."
Ao abordar os problemas enfrentados pelos paulistanos, culpou as gestões anteriores. "Infelizmente, nas últimas décadas, tivemos prefeitos que não falavam a verdade. Felizmente, estamos conseguindo cumprir e honrar compromissos", disse. No entanto, a maioria dos compromissos assumidos pela prefeitura no início da gestão - as 223 metas apresentadas à Câmara Municipal - ainda não foi cumprida. "Os imprevistos acontecem", disse o prefeito. Sobre o lançamento do PSD, partido do qual é o idealizador, Kassab afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral deve deferir, de maneira permanente, o registro da legenda "nos próximos dias". Ele afirmou que cogita, para sucedê-lo no cargo de prefeito de São Paulo pelo PSD, o vice-governador do Estado, Guilherme Afif, o ex-secretário Francisco Luna ou o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Jorge. No entanto, admitiu que se o ex-governador José Serra (PSDB) ou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) quiserem disputar por seus partidos, terão o apoio do PSD.
