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Política

Haddad parte para o ataque no debate; Russomanno é preservado

18 set 2012 - 01h05
(atualizado às 01h14)
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O terceiro debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo - organizado pelo jornal Estado de S. Paulo, TV Cultura e YouTube nesta segunda-feira - começou frio, mas logo no segundo bloco o candidato petista Fernando Haddad aqueceu o programa. Haddad perguntou a José Serra (PSDB) o motivo para atacar a presidente Dilma Rousseff, por ter gravado apoio a sua campanha. Serra respondeu dizendo que não teve a intenção de atacá-la.

Mas o tucano não deixou barato e retrucou o ataque, rechaçando a nomeação de Marta Suplicy no ministério da Cultura. "O que eu disse foi outra coisa. Realmente fazer mudança de ministério, demitir a ministra da Cultura, e admitir a Marta Suplicy para apoiar sua candidatura. Toda a imprensa, todos os comentaristas disseram isso, é uso da máquina pública como instrumento privado", disse Serra. Em sua réplica, Haddad chamou de "deselegante" as atitudes de José Serra, na tréplica Serra novamente rechaçou a nomeação.

O assunto foi reforçado pela candidata Soninha Francine (PPS) que acusou Haddad de não ser o candidato do novo, uma vez que Marta atendeu aos pedidos "de seus chefes", Dilma Rousseff e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Em sua tréplica, o candidato do PT pediu para a socialista "respeitar" a biografia de Marta.

A aliança do candidato Fernando Haddad (PT) com Paulo Maluf (PP) foi um dos assuntos do terceiro bloco do debate. O petista foi questionado sobre a influência do ex-prefeito em sua gestão. Como resposta, Haddad usou a situação federal para se justificar: "o PP faz parte do governo Lula desde 2004". Haddad aproveitou para ressaltar a importância da parceria com a esfera federal para implantar projetos sociais e educacionais em São Paulo. Convidado a comentar, Russomanno se recusou e aproveitou o tempo para falar da implantação de guardas noturnos para melhorar a segurança do paulistano.

Líder, Russomanno é poupado de ataques

À frente nas pesquisas de intenção de votos em São Paulo, Celso Russomanno (PRB) tinha tudo para ser alvo de ataques no debate desta segunda-feira, o que não aconteceu. Logo no primeiro bloco, os candidatos foram convidados a expressar opinião sobre o candidato e sua história política. Mas somente Carlos Giannazi (Psol) e Paulinho da Força (PDT) decidiram criticá-lo. Giannazi acusou Russomanno de ser populista e Paulinho disse que ele "parece ter duas caras".

A pergunta feita pela equipe do Estado de S. Paulo abriu espaço para crítica dos rivais. Russomanno foi questionado se colocará no secretariado integrantes da igreja Universal e respondeu que a religião não será uma qualificadora para a escolha dos integrantes. Convidado a comentar, José Serra (PSDB) evitou criticar o rival.

4º bloco: debate esfria

No quarto bloco, novamente com questões entre os candidatos, o debate esfriou e não teve grandes entraves entre os candidatos. Quem abriu o novo bloco foi Gabriel Chalita (PMDB), quando questionou Paulinho da Força (PDT), sobre a criação de empregos na área da cultura em São Paulo. O pedetista enfatizou que a criação de empregos passa também por outras áreas como o esporte. Em sua réplica, Chalita propôs a criação da "Broadway Paulistana", utilizando os galpões sem utilização na Mooca, Brás e região.

Levy Fidelix (PRTB) perguntou novamente sobre a dívida de São Paulo, dessa vez ao candidato Celso Russomanno (PRB). Tanto Russomanno como Fidelix defenderam a renegociação da dívida junto ao governo federal, mas, Russomanno lembrou os problemas com o antigo banco estadual em São Paulo, Banespa, e se disse contra a proposta de Fidelix de criação de um novo banco municipal.

O Kit Antihomofobia para as escolas públicas do governo federal, também conhecido como "Kit-Gay", voltou a ser tema do debate quando Soninha perguntou a Giannazi sobre a proposta. Ambos atacaram a atuação do governo federal, que retirou a cartilha das escolas, e atribuíram sua retirada a ala conservadora da base de situação do governo da presidente Dilma Rousseff.

Debate teve começo e fim frios, mas pontos altos no segundo e terceiro bloco
Debate teve começo e fim frios, mas pontos altos no segundo e terceiro bloco
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Fonte: Terra
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