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Política

Haddad evita ataque prévio, mas condena comportamento de Serra

7 out 2012 - 22h52
(atualizado às 22h53)
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Dassler Marques
Direto de São Paulo

As próximas três semanas em São Paulo prometem reaquecer a rivalidade entre tucanos e petistas, mas Fernando Haddad evitou qualquer tipo de crítica ou ataque ao adversário do segundo turno na disputa pela prefeitura da capital paulista, na noite deste domingo. Ainda assim, relembrado por momentos mais tensos entre o tucano e ele no primeiro turno, Haddad endossou os comentários reprovando o "jeito de fazer política" de Serra. O candidato do PT também chegou a dizer, em setembro, que Serra caminhava para um "fim de carreira melancólico".

"O candidato Serra tem uma maneira própria de fazer política com a qual não concordo. Gostaria de fazer segundo turno discutindo planos de governo, propostas para os problemas que a cidade está passando", se limitou a dizer. Em sua entrevista coletiva após ser confirmado na disputa final, Haddad teve ao seu lado lideranças como a ministra da Cultura Marta Suplicy, o ministro da Educação Aloísio Mercadante e o senador Eduardo Suplicy. O partido se reuniu para celebrar o resultado em um hotel na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.

Haddad evitou questões delicadas, como um eventual uso da máquina pública a favor de Serra por parte da prefeitura comandada por Gilberto Kassab, ou possíveis itens do plano de governo que Serra prometeu anunciar no segundo turno. Também não comentou diretamente o índice de rejeição do candidato tucano.

"É o que o povo escolheu e temos que respeitar. Vamos acatá-la, respeitá-la, compreendê-la e fazer o debate. Existe um candidato da situação e um da mudança. Se trata de propor ou não uma mudança do que ocorre na cidade hoje. Fomos a única candidatura que apresentou plano de governo com começo, meio e fim".

Já perto do fim de sua entrevista de quase 30 minutos, Haddad falou em tom emocionado a respeito do PT. "A gente vê o Congresso Nacional funcionando, o Ministério Público funcionando, o Supremo Tribunal Federal funcionando, e esquecemos que os partidos são instituições. Nosso partido é uma instituição forte, patrimônio da democracia brasileira. Democracia sem partidos fortes é fraca. (...) Essa instituição chamada Partido dos Trabalhadores tem uma importância crucial para a democracia brasileira".

Vestindo vermelho, a cor do PT, o candidato à prefeitura de São Paulo comemorou o fato de ir ao segundo turno
Vestindo vermelho, a cor do PT, o candidato à prefeitura de São Paulo comemorou o fato de ir ao segundo turno
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Terra
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