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Política

Haddad diz que Serra usa 77% do tempo para ataques

22 out 2012 - 13h55
(atualizado às 16h43)
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Dassler Marques
Ricardo Santos
Direto de São Paulo

Mais de 3/4 do tempo utilizado por José Serra (PSDB) na televisão, no último domingo, foram para ataques. A afirmação foi feita no fim da manhã desta segunda-feira pelo petista Fernando Haddad, que disputa a prefeitura de São Paulo com o próprio Serra. Ambos participaram de modo alternado em sabatina promovida pela Rede Nossa São Paulo, organização não governamental. Haddad disse ter ele próprio solicitado a conta à coordenação do PT e ainda condenou o comportamento do adversário, alfinetando: "não preciso de intérprete".

Haddad e José Serra participaram de modo alternado em sabatina promovida pela Rede Nossa São Paulo, organização não governamental
Haddad e José Serra participaram de modo alternado em sabatina promovida pela Rede Nossa São Paulo, organização não governamental
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra

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"Ontem (domingo) pedi medição das inserções dele, e 77% na televisão foram me atacando. Ele pode elevar a 100%, é o máximo que ele pode chegar. De 100 não passa", afirmou Haddad em tom irônico. A propaganda de Serra teve foco em comparação de currículo com o objetivo de apontar mais experiência do candidato tucano em relação ao petista.

Fernando Haddad ainda voltou a repercutir a informação divulgada pelo PSDB de que ele poderia encerrar convênios com organizações sociais na área da saúde caso fosse eleito. "Ele falou que eu ia acabar com o bilhete único. Quando tempo ele ficou martelando? A população percebe quando tem procedência ou não. Defendo com clareza. Vou acabar com a taxa de inspeção veicular, vou partir para a educação em tempo integral, eu digo o que vou fazer e não preciso de intérprete. A parceria (com organizações sociais) é importante, mas é preciso seguir recomendação do Tribunal de Contas, que exige mais transparência e controle", ponderou.

Na sequência, Haddad alfinetou o governo estadual, de Geraldo Alckmin (PSDB). "Sou contra a lei que prevê privatização de leitos dos hospitais estaduais. Isso vai gerar colapso na cidade de São Paulo. Não entregaram três hospitais prometidos em 2008 e nossa estimativa é perder até 792 leitos. São três hospitais a menos em São Paulo. Digo o que penso sem a menor cerimônia. Vou construir três hospitais. (...) Jogar na desinformação é uma prática que ele (Serra) vem seguindo", criticou.

Contradição de Lula

Haddad ainda foi abordado sobre o polêmico discurso feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no domingo, em Diadema. Lula criticou a "possibilidade do novo" na cidade onde o atual prefeito petista, Mário Reali, concorre com Lauro Michels, do PV - Michels lidera as pesquisas de intenção de voto. O ataque de Lula foi interpretado por opositores como contraditório, já que na capital paulista ele defende justamente a mesma "possibilidade do novo". Haddad evitou posição específica sobre a discussão.

"Não tenho procuração para interpretar o que o presidente disse. Vou falar do meu pensamento sobre esse assunto. Meu pensamento é que a cada quatro anos você tem eleição. Quando a administração não vai bem, há a oportunidade de trocar. (...) Segundo pesquisas divulgadas, em São Paulo 88% deseja mudança de rumo", disse o candidato petista.

Fonte: Terra
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