Freixo: candidato suspeito de ligação com milícia será expulso do Psol
5 set2012 - 22h46
(atualizado às 22h50)
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O candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (Psol), afirmou ao chegar para o debate promovido pela Rede TV! em parceria com o jornal Folha de S.Paulo, que o candidato a vereador, Rosemberg Alves, filiado ao partido socialista e suspeito de ligação com uma milícia na Zona Oeste da cidade, deve ser expulso da legenda.
"O diretório estadual acabou de aprovar a expulsão dele e será encaminhado para a direção nacional e para os órgãos competentes. Tudo indica que, pelos nomes das listas de citados, pode ser que seja o mesmo (que vinha sendo investigado)".
Segundo o candidato do Psol, o candidato pode ser ligado a Luiz André Deco, ex-vereador preso em 2011 acusado de ter ligações com milícias na cidade. Ele ainda acusou a "máfia das milícias" de infiltrar o candidato no partido.
De acordo com Freixo, o concorrente não era conhecido no partido e é recém-filiado à legenda. "Não há nada na ficha criminal dele que indicasse isso, mas as informações que chegaram hoje dão dicas de que pode ser alguém ligado ao Deco".
Segundo o Ibope - divulgado nesta quarta-feira -, Freixo está com 14% e bem atrás do prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), líder com 52%. Ainda assim, Freixo diz ter esperança do 2º turno.
"O 2º turno é uma necessidade para a cidade", disse Freixo. Ele afirmou que sua candidatura "não parou de crescer" desde o início da campanha.
Poste, sinal, viaduto, passarela, ponto de ônibus, etc... Se for bem público, é proibido colocar propaganda eleitoral, estabelece a Lei 9.504. No entanto, com a proximidade das eleições municipais, no dia 7 de outubro, o que mais se vê pelas ruas do Rio são faixas e cartazes de candidatos que esperavam arrebatar o coração do eleitor um santinho por vez
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Mesmo os cavaletes, bonecos e cartazes - as chamadas propagandas móveis -, precisam obedecer à lei e só tem o direito de permanecer nas ruas entre às 6h e às 22h
Foto: Mauro Pimentel / Terra
No fim de julho uma operação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), operação Choque de Ordem, recolheu três caminhões de placas e faixas com propaganda irregular apenas no Complexo de favelas da Maré, na zona norte da cidade
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Apesar de coordenar a operação de limpeza, a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) se exime de limpar a cidade das propagandas eleitorais e diz que essa responsabilidade é do TRE
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Cartazes políticos "decoram" canteiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
"Nas favelas muitas vezes o muro é a casa da pessoa, portanto via pública e não pode receber propaganda, mas a gente também vê muito isso na zona sul", afirma o procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Segundo o tribunal, 70 homens atuam diariamente na fiscalização de propaganda irregular, com orientação de fotografar o material irregular, retirá-lo e remeter as provas à promotoria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Caso condenados, os candidatos podem receber multas que variam de R$ 2 mil à R$ 8 mil
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Propaganda domina as ruas cariocas
Foto: Mauro Pimentel / Terra
A situação piora nas comunidas carentes, onde a rua se confunde com a fachada das casas dando lugar a desfiles de filipetas eleitorais coladas pelos dois lados da rua