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Política

Em debate, oposicionistas atacam para evitar vitória de Paes no 1º turno

5 out 2012 - 01h37
(atualizado às 01h46)
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Giuliander Carpes
Juliana Prado
Direto do Rio de Janeiro

Era a última oportunidade que os candidatos a prefeito tinham para expor suas propostas na televisão antes da eleição do próximo domingo e, no Rio de Janeiro, os oposicionistas optaram por bater forte no atual prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB).

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O peemedebista pode levar o pleito no primeiro turno segundo o último levantamento do Datafolha, onde aparece com 57% das intenções de voto, o que aumentou a necessidade de os adversários o atacarem. O atual prefeito foi questionado diversas vezes sobre o suposto pagamento de R$ 1 milhão ao PTN por seu partido em troca de apoio à reeleição. Acuado, Paes chegou a classificar os ataques como "baixaria".

"É inacreditável tanta agressividade. É muita baixaria para uma hora dessas", disse Paes após questionamento de Rodrigo Maia (DEM), que retrucou. "Alguns não gostam da crítica, mas é porque não gostam da democracia. A crítica é importante para o avanço", afirmou Maia.

Paes argumentou que Jorge Esch, o dirigente do PTN flagrado declarando que recebeu oferta de compra de apoio político, trabalhou oito anos no governo do pai do candidato Rodrigo Maia, o ex-prefeito César Maia (DEM), que disputa eleição para vereador este ano.

"Ele se achava no direito de receber R$ 800 mil reais de indenização pelos oito anos que trabalhou com o pai do candidato Rodrigo Maia e teve o pedido negado", reforçou.

Transporte

As críticas contra o atual prefeito continuaram. Paes precisou ouvir calado debates entre Rodrigo Maia e Marcelo Freixo (Psol) sobre os seus erros no transporte público. Freixo afirmou que a Guarda Municipal devia voltar a tomar conta do trânsito e mostrou-se contra a opção rodoviária de Paes, cujos corredores expressos de ônibus são condição dada ao Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Olímpicos de 2016.

"Temos Metrô com duas linhas sobrepostas de apenas 42 km. A prefeitura devia pressionar para que o Governo do Estado investisse mais em metrô, mas o prefeito preferiu manter sua aliança, ficando contra a sociedade, na questão da linha 4 (que vai ligar a Barra da Tijuca à Gávea). O governo escolheu um trajeto pior e o prefeito nada fez", atacou o candidato do Psol.

"Toda cidade que quer crescer no mundo opta pelo transporte sobre trilhos. Só o Rio que ainda acredita numa solução rodoviária", acrescentou Maia. "Sem contar que ônibus não é um meio de transporte de massa e é poluidor. Metrô é energia limpa", disse.

Freixo ainda acusou o prefeito de não tomar providências contra a formação de um "cartel" de empresas que tomam conta do transporte da cidade. "O Tribunal de Contas do Município viu claros indícios de cartel, já que as quatro empresas têm o mesmo endereço. O Rio de Janeiro precisa de um prefeito que tenha coragem de enfrentar este cartel para melhorar o transporte público da cidade."

Saúde criticada

O atual prefeito chegou até a concordar com o adversário Otávio Leite (PSDB) sobre ponderações a respeito da saúde. O tucano criticou o funcionamento da rede pública do Rio, citando o caso de uma grávida de cinco meses, que encontrou em Madureira, e que teria conseguido marcar um exame apenas a poucos dias de dar à luz. "A saúde tem que evoluir demais."

Paes admitiu que há muito "o que avançar" e que falta "um longo caminho" a seguir na saúde na cidade. Mas, destacou que, quando assumiu a prefeitura, há mais de três anos, a saúde do Rio estava sob intervenção federal e hoje a cobertura chega a quase 40% da população - o objetivo é atingir 70%.

"Nós recuperamos a autoestima da população do Rio de Janeiro, mas é impossível consertar tudo que estava errado em apenas quatro anos", justificou Paes.

Candidatos focaram críticas no atual prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), que, de acordo com as úlitmas pesquisas de intenção de votos, pode se eleger no primeiro turno
Candidatos focaram críticas no atual prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), que, de acordo com as úlitmas pesquisas de intenção de votos, pode se eleger no primeiro turno
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Fonte: Terra
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