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Política

Em debate morno, candidatos focam em corrupção e críticas a Fortunati

21 set 2012 - 00h41
(atualizado às 11h10)
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O debate realizado entre

O debate reuniu os candidatos à prefeitura de Porto Alegre, na noite desta quinta-feira
O debate reuniu os candidatos à prefeitura de Porto Alegre, na noite desta quinta-feira
Foto: Nabor Goulart /Agência Freelancer / Terra
candidatos

à prefeitura de

Porto Alegre

nesta quinta-feira, transmitido pela

TVCOM

, foi marcado por acusações de corrupção e críticas à gestão do atual prefeito e candidato à

reeleiçãoJosé Fortunati

(

PDT

).

Roberto Robaina

(

Psol

) e

Manuela D'Ávila

(

PCdoB

) foram os responsáveis por colocar os assuntos em pauta. Logo no primeiro bloco, Robaina citou o mensalão que, segundo ele, foi inaugurado pelo

PSDB

e depois o ampliado pelo PT. A mensagem foi destinada a

Wambert Di Lorenzo

(PSDB) que respondeu com ironia: "o Robaina é o novo paladino da moral e da ética, o último foi Demóstenes Torres. Mensalão é um dos maiores escândalos, o

Lula

sabia de tudo que estava acontecendo".

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No segundo bloco, Robaina voltou a levar à pauta do debate a corrupção. Desta vez, o candidato do Psol atacou Fortunati. O socialista questionou os roubos aos cofres públicos por empresas contratadas pela prefeitura para prestar serviço na área da saúde. Uma das companhias citadas foi a Sollus, "fraudou R$ 10 milhões dos cofres" e a Reação que "fraudou R$ 5 milhões", segundo Robaina. "Fizemos licitação para contratação da Sollus. No momento que se verificou que a Sollus não cumpria seu papel, entramos na justiça e pedimos rompimento com a Sollus. Estamos colaborando com o Ministério Público e Poder Judiciário com investigações", explicou Fortunati.

Ainda com o PT em foco, Robaina questionou a aliança com o partido com o Paulo Maluf (PP) e sua influência nas ideias petistas. Adão Villaverde respondeu dizendo que o partido em Porto Alegre tem o apoio da ex-candidata à presidência Marina Silva.

Saúde: mais golpes em Fotunati

A candidata Manuela levantou o problema da saúde pública vivida em Porto Alegre, segundo ela, a prefeitura com mais verba conseguiu realizar menos consultas. "Com R$ 160 milhões a mais, fizeram 104 mil consultas a menos", criticou a gestão de Fortunati ao petista Villaverde. Ela ainda acusou o prefeito de só fazer obra em época de eleição: "em quatro anos, o número de equipes da família subiu de 94 para 95. Nos últimos quatro meses foi para 124. (...)O Araújo Viana foi devolvido para a população, mas levou sete anos pra ser reformado e foi entregue a 17 dias da eleição".

Fortunati disse que estão sendo feitas várias obras na área da saúde em Porto Alegre, porém cada uma tem seu tempo de maturação. Segundo o prefeito, o Ministério da Saúde considerou Porto Alegre como quarta melhor cidade em atendimento na área da saúde pública.

Robaina não poupou Fotunati e afirmou que desde 1993 o Brasil perdeu 40 mil leitos em hospitais públicos, em Porto Alegre a perda foi de 40%, segundo ele. Em resposta, Fortunati argumentou: "estamos reabrindo leitos em Porto Alegre. Neste ano serão 454 novos leitos hospitalares. A saúde pública em Porto Alegre tem problemas, mas estamos resolvendo passo a passo. Dia 28, vamos entregar a unidade de pronto atendimento da zona norte".

Bate-rebate: "fraude" e "terrorismo"

A candidata comunista não ficou livre de ataques, mais uma vez, protagonizado por Robaina. Ele questionou a fraude de R$ 40 milhões que seria de responsabilidade do ministro Orlando Silva, demitido pela presidente Dilma Rousseff, após o escândalo e que em 10 anos nada foi feito. Manuela rebateu dizendo que o candidato não apresenta propostas e apenas sabe fazer ataques. "Nem sabe por que concorre a prefeito", disse. "O ministro Orlando Silva foi absolvido", acrescentou.

Wambert também provocou a única candidata mulher à prefeitura de Porto Alegre. O assunto em pauta era "desenvolvimento econômico", ao Manuela apresentar propostas para uma estrutura de desenvolvimento para impulsionar a área do turismo, tecnologia e indústria criativa, recebeu uma resposta irônica: "a candidata está no partido errado, comunismo odeia mercado". Em seguida Wambert concordou que turismo gera riquezas. Manuela criticou o comentário: "esse terrorismo feito comigo é o mesmo que foi feito com Lula".

Segurança pública

A segurança pública foi debatida pelos candidatos. Fortunati disse que os brigadianos - como a polícia militar é conhecida em Porto Alegre - é de responsabilidade do governo estadual, mas prometeu investir na iluminação da cidade. Ele foi seguido pelos candidatos que propuseram cobrança a Tarso Genro, governador do estado, uma solução.

No entanto, Manuela levantou que existe a possibilidade de repasse de verba federal direto ao município para o investimento em segurança pública. Ela afirmou que o roubo de carro aumento em 14% e os homicídios em 22% no município.

Transporte

O assunto de trânsito e transporte foi abordado pelos candidatos Manuela D'Ávila e Jocelin Azambuja ainda no primeiro bloco, que questionou a candidata sobre o projeto do metrô que, segundo ele, Manuela teve a oportunidade de fazer e não fez. "Já esperamos 10 anos, pelo visto vamos esperar mais 15 ou 20 para ter metro. (...) Vocês no governo tem sido um fracasso", disse. A candidata argumentou que Porto Alegre precisa de um planejamento de mobilidade, que o metrô "leva uma década para ficar pronto" e que ela está preocupada com os próximos quatro anos de gestão, se eleita.

Azambuja propôs a criação da linha aeromóvel, ao custo de R$ 40 milhões por quilômetro, contra R$ 200 milhões do metrô. Ele também pretende instalar ciclovias na cidade. Já Manuela apostou na cobrança do IPTC para que atue no cotidiano com rotas alternativas e organização do trânsito gaúcho.

Fonte: Terra
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