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Política

Em ato contra Russomanno, artistas se reúnem no centro de SP

5 out 2012 - 13h17
(atualizado às 19h44)
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Após conseguir o apoio de milhares de internautas e ter o evento tirado do ar pelo Facebook duas vezes, o festival "Amor, Sim; Russomanno, não" ganha as ruas de São Paulo, com uma invasão na recém-inaugurada Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, contra o candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, às 20h.

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O festival traz em sua descrição na rede social que esse evento consiga "fazer uma grande festa, e uma grande onda positiva em São Paulo para afogar de vez essa farsa chamada Celso Russomanno". E ainda pede para as pessoas vistam uma peça de roupa da cor rosa-choque, como forma não de protesto apartidário, pela cor não representar nenhum partido.

Ivam Cabral, co-fundador da trupe teatral Satyros e diretor da Escola SP de Teatro, é um dos entusiastas do evento. Ele declara voto ao candidato do PSDB, José Serra, mas deixa claro que respeita os outros políticos do pleito e cita Carlos Giannazi (Psol), Soninha Francine (PPS) e Fernando Haddad (PT). Em contrapartida, o dramaturgo deixa claro em blog que "discorda frontalmente de Celso Russomanno".

Procurado pelo Terra, Cabral enfatiza que não é um dos organizadores. "Acho muito legítima que a manifestação tenha acontecido desse jeito (nas redes sociais). Todo mundo foi compartilhando seus convites, a partir desse momento nem precisava da página. Isso foi propagado na rede e mostra o poder dela", afirmou. "São coletivos que começaram a se organizar, é uma coisa compartilhada". Na página é possível ver que a organização é feita por membros do grupo de produtores culturais Fora do Eixo e do grupo Santo Forte.

O Facebook, que mantém uma força-tarefa jurídica para avaliar questões eleitorais, assumiu a remoção indevida do conteúdo e avisou que o link já havia sido restabelecido. Até a tarde desta sexta-feira, 4,159 mil pessoas haviam confirmado a participação no evento de protesto contra o candidato à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB).

Cabral ainda esclarece que não produziu o e-mail veiculado na internet. Atribuído ao seu nome, a mensagem traria um lado partidário para o evento, em prol de Serra."Eles veem (sic) em nome do PT. Precisamos fazer alguma coisa e com urgência (...) Vamos acabar com 'eles' e mostrar que a arte é reduto do Serra!", diz trechos da menssagem, que teria chamado a atenção de eleitores petistas para o evento."O mundo que eu acredito é o mundo das diferenças", relata o dramaturgo.

Questionado sobre a visão do plano de governo do candidato do PRB, em especial na área das artes, Ivam Cabral afirma que não vê "coerência" no plano de governo dele e que a impressão que dá é que ele "copiou e colou". "Eu acho bem complicado. O projeto de governo todo dele (Russomanno) é complicado. Observei os projetos de Serra, Giannazi, Soninha e Haddad. E você vê uma coerência nesses projetos. Você pode questionar, mas existe coerência. A impressão é que ele (Russomanno) copiou e colou"."O medo do Russomanno é isso, e voltar àquilo que tem não tem que voltar. O cara que entrar aqui na prefeitura, derruba a cidade em seis meses e vai demorar 50 anos pra reconstruir. O Russomanno seria esse cara. Ele não tem equipe, ele não tem partido", conclui Cabral.

Mesmo retirado do ar pelo Facebook duas vezes, protesto retornou e já passou dos 4 mil confirmados
Mesmo retirado do ar pelo Facebook duas vezes, protesto retornou e já passou dos 4 mil confirmados
Foto: Site / Divulgação
Fonte: Terra
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