Eleição municipal tem menor custo desde adoção da urna eletrônica
6 nov2012 - 13h59
(atualizado às 14h39)
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As eleições municipais de 2012 tiveram o menor custo desde a adoção do sistema de votação por urna eletrônica, em 1996. Segundo dados divulgados hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as eleições custaram R$ 2,81 por eleitor - em 2008, últimas eleições municipais, a média foi R$ 3,75, e em 2000, R$ 4,45. Mesmo com aumento do número de eleitores, o gasto bruto total também é o menor em relação aos anos anteriores: R$ 395,2 milhões.
De acordo com a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, vários fatores podem ter influenciado essa redução. "Os tribunais foram firmes para gastar só o que podiam. Não que as outras gestões não tivessem feito isso, mas, desta vez, houve um planejamento diferente", disse a ministra.
Entre os fatores citados, estão a instalação de comitês de representação das polícias nos tribunais locais, logística mais apurada no transporte de urnas e na substituição de aparelhos defeituosos, participação de milhares de mesários voluntários e a votação pelo sistema biométrico. "A eleição é uma operação complicada, grandiosa. Quanto mais se informatiza, a tendência é baixar os custos", explicou Cármen Lúcia.
Para a ministra Cármen Lúcia, aumento na abstenção registrada no segundo turno das eleições preocupa a Justiça Eleitoral. Dados parciais mostram que 19% dos eleitores não compareceram às urnas hoje, um aumento de três pontos percentuais em relação ao primeiro turno
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil
A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou o maior índice de abstenção desde a primeira eleição municipal após a ditadura, em 1988. Segundo dados do TSE, 1,7 milhão de eleitores não votaram, o equivalente a 19,99% do eleitorado
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil
Ao lado do procurador geral da República, Roberto Gurgel, Cármen Lúcia disse que uma das razões apontadas por servidores do TSE para o aumento da abstenção é a falta de mobilização dos candidatos a vereador, existente no primeiro turno
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil
Cármen Lúcia preferiu não fazer análises sobre o fenômeno, que já vinha mostrando sinais de crescimento no primeiro turno. Contudo, a presidente do TSE afirmou que o fato merece atenção dos juízes eleitorais, uma vez que pode trazer consequências diretas às eleições, como pedidos de impugnação