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Política

Debate Rio: Cavendish e aliança Maia-Garotinho esquentam o 4º bloco

6 set 2012 - 00h47
(atualizado às 00h55)
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Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro

O 4º bloco do debate dos candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, foi marcado pela contestação dos contratos firmados entre a atual gestão e a construtora Delta, acusada de corrupção e ligação com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), garantiu que todos os acordos foram firmados de forma transparente, e que não poderia responder por "pecados" que o dono da empreiteira, Fernando Cavendish, tenha cometido.

No 4º bloco, os candidatos do Rio voltaram a responder as questões dos jornalistas
No 4º bloco, os candidatos do Rio voltaram a responder as questões dos jornalistas
Foto: Daniel Ramalho / Terra

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"Se ele não respondeu nada na CPI, tem que perguntar o porquê para ele. Se ficou calado, é problema dele. O que quero é que as empresas que prestam serviço para a prefeitura estejam trabalhando dentro das regras estabelecidas. A Delta trabalha há muito tempo, antes da minha administração, e não houve aumento de contratos na minha administração. Cabe a ele explicar os pecados que cometeu, não cabe a mim", reagiu Paes, irritado depois ser perguntado pelos jornalistas sobre o silêncio de Cavendish na CPI no Congresso Nacional.

Rodrigo Maia (DEM) também elevou o tom de seu discurso, ao ser perguntado sobre sua aliança com o grupo político do ex-governador Anthony Garotinho (PR). Ele negou que a parceria tenha sido feita por conveniências políticas, e alfinetou Eduardo Paes, ao afirmar que o prefeito tenta fugir, nas campanhas de rua, do candidato a vereador do PT, Marcelo Sereno, que já foi assessor do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Maia aproveitou e também tentou ligar o prefeito ao escândalo da Delta.

"Nossa aliança é clara e transparente. Não tenho nenhum constrangimento, não fujo de aliados. As pessoas saberão quem são meus aliados. Não fujo de vereador ligado ao Dirceu. Temos que lembrar da obra do Into, feita pela Delta, da gangue dos guardanapos, que tinha um secretário do prefeito", observou, recordando das fotos feitas em Paris entre o governador Sergio Cabral e Fernando Cavendish, dono da Delta.

A revisão e auditoria de todos os contratos firmados pela prefeitura foram defendidos por Marcelo Freixo (Psol), inclusive os ligados aos Jogos Olímpicos. O socialista argumentou que essa investigação não significará paralisação automática de obras. "Precisamos fazer auditorias. Há contratos pra lá de suspeitos. O que falta no Rio é transparência. Vamos cumprir todos os contratos que estiverem corretos", observou.

Questionado sobre seu baixo índice nas pesquisas eleitorais, Otávio Leite (PSDB) afirmou que nunca viu uma campanha tão fria como a que está em andamento. Leite admitiu o enfraquecimento da oposição no Rio, e em nível nacional. Acusou a situação de fazer um "aliciamento" em torno do poder central, e cobrou que haja uma reforma política.

Aspásia Camargo (PV) foi questionada sobre sua atuação como deputada estadual, e garantiu que propôs leis importantes. Ao comentar a questão do tratamento de resíduos sólidos, criticou o governo federal, mas elogiou a prefeitura de Eduardo Paes.

Fonte: Terra
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