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Política

Curitiba: "Inteligência vai vencer preconceito", diz Ratinho Junior

28 out 2012 - 11h42
(atualizado às 13h29)
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Roger Pereira
Direto de Curitiba

O candidato do PSC à prefeitura de Curitiba, Ratinho Junior, votou por volta das 10h40 deste domingo, no bairro Santa Felicidade, consciente da dificuldade de virar nas urnas o que apontam as pesquisas de intenção de voto, que dão até 17 pontos de vantagem para o rival Gustavo Fruet (PDT). Vencedor do primeiro turno, Ratinho disse que além do pedetista, o conservadorismo do curitibano foi seu principal adversário.

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"É difícil dizer, Curitiba é uma cidade muito conservadora, tem essa tradição. O Gustavo é um candidato muito forte, com uma ligação familiar com a cidade, pelo histórico de seu pai, inclusive. Mas nós fizemos a nossa parte, buscamos apresentar uma política diferente, com novas ideias, soluções práticas, viáveis. Agora, quem decide é a população", afirmou.

O candidato disse que sofreu preconceito por não ser de família tradicional da política curitibana, por usar um apelido, por ter ligação com a camada mais popular da cidade e por ser jovem, por exemplo. "Isso é uma coisa que temos que vencer, e não se vence em apenas uma eleição. Devagarzinho a gente vai ultrapassando os obstáculos. Mas, de qualquer forma, sou muito grato, pois por onde andei a gente foi muito bem recebido. Mas vamos esperar as urnas, ainda acredito que a inteligência vai vencer o preconceito", acrescentou.

Ratinho Júnior negou que acharia mais fácil enfrentar Luciano Ducci (PSB) no segundo turno, mas admitiu que estava com a estratégia montada para encarar o atual prefeito, uma vez que era o rival indicado pelas pesquisas. "Não existe adversário fácil, existem estratégias diferentes que você monta. Foi a eleição mais disputada do Brasil, principalmente no primeiro turno, com quatro candidatos muito fortes, com história com a cidade e potencial eleitoral muito grande. E estar no segundo turno para mim foi uma vitória, mas claro que buscamos ganhar esse segundo turno também", disse.

Apesar de não ter, antes do resultado do primeiro turno, uma estratégia definida para enfrentar Fruet, Ratinho disse que não se arrepende da forma como sua campanha foi conduzida e explicou a mudança de estratégia no último debate, quando adotou um tom mais ameno, sendo que nos dois encontros a tática era o ataque. "Não mudei de postura, apresentamos algumas estratégias no sentido de mostrar o posicionamento político de cada candidato. No último debate, a sensação era que as pessoas queriam ver qual era o melhor plano de governo, e fomos com essa proposta".

O candidato disse que sua primeira campanha majoritária foi uma faculdade intensiva. "Você tem que estar muito preparado para vários segmentos, conhecer profundamente a cidade, conhecer todos os problemas e ter as soluções. Realmente é uma grande experiência de vida, e tive isso muito jovem", avaliou.

Futuro

Questionado sobre o futuro, o candidato do PSC negou que tentará a vaga de governador em 2014, como seu pai, o apresentador e ex-deputado federal Ratinho, já havia anunciado. Também não adiantou se estará ao lado do atual chefe do Executivo estadual, Beto Richa (PSDB), ou da oposição, que tem na ministra Gleisi Hoffmann (PT) sua principal figura no Estado.

"Tudo isso tem que esperar acontecer. Tem que acabar essa etapa, de hoje, e o processo político é lento. Para 2014, temos que estruturar o nosso partido. Saímos com uma avaliação muito positiva destas eleições no Estado, somos a maior bancada da Câmara de Curitiba, então temos que pensar no nosso partido. Mas ainda não temos musculatura suficiente para disputar o governo do Estado", concluiu.

Segundo turno ocorre em 50 municípios

Mais de 31 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo eleger o prefeito em 50 cidades do Brasil em que há segundo turno, sendo 17 capitais. O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, faz a cobertura completa das eleições nas capitais e principais cidades do País e apuração de votos em tempo real.

Fonte: Especial para Terra
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