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Política

Com medo de aliança azedar, ala do PMDB de Curitiba lança candidato

19 jun 2012 - 07h27
(atualizado às 15h21)
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Roger Pereira
Direto de Curitiba

O grupo de peemedebistas que defende a coligação com o prefeito Luciano Ducci (PSB) em vez do lançamento da candidatura de Rafael Greca para a prefeitura de Curitiba lançou, na reunião da Executiva municipal da legenda, o nome do deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior como pré-candidato a prefeito, caso não prospere a tese de coligação. A estratégia foi definida após as dúvidas quanto ao edital de convenção do partido, divulgado na última quinta-feira, convocando os peemedebistas para "definir o nome do candidato do partido à prefeitura", sem contemplar a possibilidade de coligação.

"Minha intenção é que o partido faça coligação com o prefieto Luciano Ducci, e eu já me coloco como candidato a vice dele. Mas, se houver alguma situação em que não consigamos defender essa tese, minha pré-candidatura está colocada", disse Stephanes.

A Executiva municipal garante que colocará em votação a tese da coligação, mas recusou-se a corrigir o edital. "Estou confiando na palavra deles, o Rafael Greca (vice-presidente municipal) nos garantiu verbalmente, mas estamos nos precavendo", disse o deputado.

O secretário-geral do partido em Curitiba, Doático Santos, exigiu uma retificação do edital, para que fique clara a discussão das diferentes teses, mas foi derrotado dentro da Executiva do partido. Assim, ingressou com mandado de segurança junto ao Tribunal Regional Eleitoral. "Não conseguimos nos entender sobre o edital, está confuso. Por isso, além de procurarmos a Justiça Eleitoral, temos, agora, uma nova pré-candidatura, que é legítima e irrecusável. Se houver qualquer manobra para que a coligação não vá a voto, o nome de Stephanes está colocado", afirmou Doático.

Rafael Greca disse que quem está contestando o edital não conhece o estatuto do partido. "O edital convoca a convenção respeitando o estatuto do PMDB. E o estatuto, em seu artigo 88, garante o direito a apresentarem tese de coligação", disse. "Vamos fazer uma convenção democrática, discutindo as duas teses e as duas candidaturas. Nossa posição foi a de acolher todas as propostas, sem cercear as minorias, continuou.

Greca explicou, no entanto, que o grupo de Stephanes terá que se decidir entre coligação ou a candiatura do deputado antes da votação, pois na cédula haverá as duas teses (coligação ou candidatura própria) e só poderá escolher o nome do candidato o convencional que votar pela candidatura. "Uma pessoa não pode concorrer contra uma tese", disse.

Sobre a pré-candidatura de Stephanes, Greca disse que "servirá apenas para tornar mais bonita a minha vitória". A convenção do PMDB está marcada para o próximo sábado, dia 23. São 58 convencionais, mas que terão direito a 110 votos, já que alguns deles, como o senador Roberto Requião, votam quatro vezes por ser membro da Executiva Municipal, membro da Executiva Estadual, membro da Executiva nacional e parlamentar.

Fonte: Terra
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