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Política

Chalita critica Russomanno: 'igreja não pode ser batalhão eleitoral'

10 set 2012 - 13h55
(atualizado às 15h52)
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Thiago Tufano
Direto de São Paulo

O candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, criticou a atitude do adversário Celso Russomanno, do PRB, por conta do apoio que o candidato vem recebendo da Igreja Universal. Na última sexta-feira, o pastor Marcos Galdino, do ministério Santo Amaro da igreja Assembleia de Deus, pediu votos explicitamente a Russomanno durante um culto. Além disso, de acordo com uma reportagem da Folha de S. Paulo, um templo da Igreja Universal tem servido de comitê informal para cabos eleitorais do candidato do PRB.

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Segundo Chalita, que também não esconde sua religiosidade, a igreja não pode ser colocada em uma disputa como um "batalhão eleitoral."

"Ele está tentando dizer que não tem ligação com a Igreja Universal. Acho que ele deveria falar a verdade. Se é verdade o quer os jornais publicaram, de fato ele tem um exército da Universal trabalhando pra ele. Deveria dizer: 'olha, eu realmente sou candidato da Igreja Universal e tenho um exército de gente trabalhando pra mim'. Acho que não deve esconder apoio, porque aí vai em um outro lugar pra fingir que não é aquilo. Ele ficou numa emissora de TV ligada à Igreja durante alguns meses e nenhuma outra emissora fez isso".

Para Chalita, a acusação de que o pastor teria pedido votos a Russomanno deve ser investigada, porque é contra as leis eleitorais.

"Isso tem que ser apurado. Sou contra isso. Encontro evangélicos que me perguntam se vou perseguir a igreja. A igreja tem autorização constitucional, uma série de benefícios. Da mesma forma que é incorreto perseguir igrejas, tem que respeitar o culto religioso, mas é incorreto a igreja se transformar em um batalhão eleitoral. Isso é ruim para cidade. É lamentável que a discussão se resuma a um ponto religioso. Isso é ruim pra democracia", explicou.

Chalita falou ainda que também é conhecido por aparecer em eventos religiosos, como o que marcou presença ao lado de Padre Marcelo no último fim de semana, mas disse que jamais pediu voto.

"Eu também visitei igrejas e nunca escondi que sou religioso, mas nunca transformei nenhuma visita minha em pessoas com metas de fazer voto. Estive no Padre Marcelo e não pedi voto. Na outra semana participarei de mais um evento, em que todos os candidatos foram convidados. É melhor do que ser candidato de uma igreja específica e essa igreja ter uma meta para eleger o prefeito de são Paulo", criticou.

Chalita comentou ainda sobre a estratégia de Russomanno e afirmou que ainda não conhece nenhuma proposta do candidato do PRB para melhorar a cidade de São Paulo.

"Uma coisa ruim que ele vem fazendo, ele só agradece que está em primeiro lugar, como se ele já estivesse ganho as eleições. Qual é a proposta real dele pra melhorar São Paulo? O que ele pensa? Vi no debate a pergunta do Haddad sobre o bilhete único e ele diz 'ah se for bom eu coloco também'. Agora ele fala sobre escola em tempo integral. Eu não quero criticar, mas esse é o momento de ter propostas. O que vai fazer para melhorar o transporte e a saúde? E cada candidato tem uma linha, mas sinto que na campanha dele não tem proposta e isso é ruim", concluiu.

Para Gabriel Chalita (PMDB), Celso Russomanno (PRB) deveria assumir que tem o apoio da Igreja Universal
Para Gabriel Chalita (PMDB), Celso Russomanno (PRB) deveria assumir que tem o apoio da Igreja Universal
Foto: Thiago Tufano / Terra
Fonte: Terra
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