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Política

Cármen Lúcia diz que aumento na abstenção preocupa

28 out 2012 - 21h10
(atualizado às 22h54)
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Gustavo Gantois
Direto de Brasília

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou na noite deste domingo que o aumento na abstenção registrada no segundo turno das eleições preocupa a Justiça Eleitoral. Dados parciais mostram que 19% dos eleitores não compareceram às urnas hoje, um aumento de três pontos percentuais em relação ao primeiro turno.

Cármen Lúcia, presidente do TSE, diz que aumento de abstenção preocupa
Cármen Lúcia, presidente do TSE, diz que aumento de abstenção preocupa
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

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"Houve um aumento e agora cabe tanto aos órgãos da Justiça Eleitoral quanto aos especialistas fazer uma avaliação porque é, sim, preocupante qualquer aumento além do que já vinha sendo registrado", disse a ministra durante coletiva de balanço.

Cármen Lúcia preferiu não fazer análises sobre o fenômeno, que já vinha mostrando sinais de crescimento no primeiro turno. Contudo, a presidente do TSE afirmou que o fato merece atenção dos juízes eleitorais, uma vez que pode trazer consequências diretas às eleições, como pedidos de impugnação.

"Qualquer abstenção não é boa porque pode levar a questionamentos. É um dado que todos vamos nos debruçar sobre ele para sabermos o porquê, quais as causas e quais medidas podem ser tomadas", afirmou.

Uma das razões apontadas por servidores do TSE para o aumento da abstenção é a falta de mobilização dos candidatos a vereador, existente no primeiro turno. A ministra deu indícios de que isso é um fator de influência ao registrar que nos contatos que manteve ao longo do dia com os presidentes dos tribunais regionais eleitorais, a maioria destacou o clima de tranquilidade nas cidades.

"Eles disseram que nem parecia que estava ocorrendo uma eleição tamanha calmaria que foi registrada na maioria dos municípios. Faltou aquele clima de tumulto. Aliás, tumulto não, de engajamento", disse.

A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou o maior índice de abstenção desde a primeira eleição municipal após a ditadura, em 1988. Segundo dados do TSE, 1,7 milhão de eleitores não votaram, o equivalente a 19,99% do eleitorado. Antes das eleições de 2012, o máximo de abstenção registrado foi no segundo turno de 1996, com 18,11%. Na época, havia 6.765.407 eleitores na cidade de São Paulo. Hoje, são 8.619.170 pessoas com domicílio eleitoral na capital.

Segundo turno ocorre em 50 municípios

Mais de 31 milhões de eleitores foram às urnas neste domingo eleger o prefeito em 50 cidades do Brasil em que há segundo turno, sendo 17 capitais. O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, faz a cobertura completa das eleições nas capitais e principais cidades do País e apuração de votos em tempo real.

Fonte: Terra
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