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Política

Candidaturas femininas superam cota na disputa proporcional

8 ago 2012 - 21h31
(atualizado às 21h42)
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Minoria na disputa pelas prefeituras do País, as mulheres atingiram o percentual que reserva 30% para a participação de cada sexo na formação das listas para as eleições proporcionais. De acordo com dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, a presença do sexo feminino atingiu 31,6% considerando as candidaturas de todo o país.

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Nas eleições municipais de 2008, 5.512 mulheres elegeram-se vereadoras em todo o Brasil, representando 12,5% do total de cadeiras dos legislativos municipais. Nesta quarta encerra-se o prazo para que as coligações e partidos se adequem e apresentem listas que levem em consideração o percentual definido pela legislação. Em caso de descumprimento do índice, as chapas ficam impedidas de concorrer às eleições para as Câmaras de Vereadores.

"Eu acho que é um avanço, mas está longe da representatividade que as mulheres têm na sociedade. Muitas dessas candidaturas são artificias, constam nas nominatas, mas não têm competitividade. Isso se dá por as mulheres terem menos oportunidades de participação política por uma questão cultural, mas o fato de cumprir o percentual é positivo", opinou Luciana Genro (Psol), candidata à vereadora em Porto Alegre e ex-deputada federal pelo Rio Grande do Sul.

Apesar da boa notícia relativa às eleições proporcionais, o número de mulheres que participam das eleições tentando conquistar o cargo máximo das prefeituras ainda é bastante reduzido. Somente 12,4% em comparação com as candidaturas masculinas.

Luciana, que concorreu ao cargo de prefeita da capital gaúcha nas eleições de 2008, reconhece que para cargos majoritários muitas mulheres são preteridas pela questão da competitividade, mas acredita que esse panorama está se alterando.

"O eleitorado está cada vez mais aberto às mulheres e mais democrático. Não escolhendo por ser mulher porque acho que não se justifica uma escolha só por ser mulher, mas olhando as mulheres da mesma forma como veem os homens, e isso no futuro vai se refletir nos partidos e na cultura politica do País em termos de igualdade de oportunidade para homens e mulheres", afirmou.

Fonte: Terra
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