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Política

BH: Lacerda gasta mais com telemarketing que toda campanha de Patrus

7 ago 2012 - 17h21
(atualizado às 17h27)
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TIAGO DIAS

Concorrendo à reeleição em Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB) é o candidato que mais arrecadou recursos até o momento. É, também, a campanha que mais gastou: R$ 744 mil - quase 10 vezes mais do que seu adversário petista, Patrus Ananias. Os valores fazem parte da primeira prestação de contas das campanhas para essa eleição, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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O prefeito foi o único a declarar gastos na produção dos programas eleitorais: R$ 281 mil, segundo a campanha. O candidato do PSB também vai apostar em telemarketing - já foram gastos R$ 105 mil no serviço, mais do que todo o gasto da campanha petista (R$ 75 mil). A assessoria de imprensa de Lacerda confirma que em poucos dias o serviço estará funcionando - ou seja, os mineiros vão passar a ouvir Lacerda pedir votos por telefone.

Lacerda também é o único candidato a receber recursos de empresas - pelo menos diretamente - na disputa em Belo Horizonte. Com o maior limite de campanha declarado (R$ 35 milhões), a campanha do prefeito já angariou R$ 1 milhão: R$ 300 mil de pessoas jurídicas e R$ 700 mil em recursos de outros candidatos ou comitês. Nesta fase de prestação de contas, não é divulgado o nome das empresas e pessoas que fizeram as doações.

Completam a prestação de contas serviços de alimentação (R$ 438), locação de imóveis (R$ 32 mil), móveis (R$ 889) e materiais de expediente (R$ 9 mil). Serviços prestados por terceiros custaram 286 mil. Já com os transportes, a campanha gastou R$ 27 mil (cessão ou locação) e R$ 1,4 mil (deslocamento).

Patrus Ananias (PT), que aparece em segundo lugar na última pesquisa Ibope (com 21%), atrás de Lacerda com 43%, apresentou gastos mais modestos. Embora tenha angariado R$ 897 mil reais, a campanha só gastou até agora R$ 75 mil, divididos em transporte e deslocamento (R$ 3,5 mil) e a maior parte em locação e cessão de bens de imóveis e móveis (R$ 72 mil).

A ausência de gastos em publicidade pode ter relação com o fato de que a candidatura de Patrus foi decidida na última hora. Até aos 45 do segundo tempo, o PT apoiava a reeleição de Marcio Lacerda, ao lado do PSDB.

Fora os dois candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, Vanessa Portugal foi a única postulante a prestar R$ 2 mil em contas - o mesmo valor arrecadado foi gasto com materiais impressos, segundo o TSE.

A candidata do Psol, Maria da Consolação Rocha, ainda não captou nenhum valor e não apresentou gastos. Assim como aconteceu nas campanhas de Tadeu Martins Soares (PPL) e Alfredo Flister (PHS). O candidato do PCO, Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, ainda não entregou a 1ª prestação de contas.

Com o maior limite de campanha declarado (R$ 35 milhões), a campanha de Marcio Lacerda (à esq.) já angariou R$ 1 milhão
Com o maior limite de campanha declarado (R$ 35 milhões), a campanha de Marcio Lacerda (à esq.) já angariou R$ 1 milhão
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Fonte: Terra
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