Bancada do PSD na Câmara deve apoiar Haddad, diz Kassab
29 out2012 - 13h11
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Ricardo Santos
Direto de São Paulo
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), afirmou nesta segunda-feira que a bancada de sete veradores eleitos do PSD deve apoiar o próximo prefeito Fernando Haddad (PT). Na inauguração de uma creche em Cidade Tiradentes, na zona leste da capital, Kassab disse que não terá problemas com posturas independentes, mas sentiu nos vereadores eleitos por seu partido uma "disposição para contribuir".
"O partido, na hora certa, vai se posicionar. Mas posso lhe afirmar que a minha posição dentro do partido vai ser no sentido de dar liberdade para todos aqueles que queiram ter uma postura igual à minha. Então se a bancada quiser ter essa postura, terá meu apoio e minha compreensão", afirmou o prefeito. "Eu já tive conversas com os vereadores e eu percebi claramente uma disposição deles de contribuir, de apoiar, de fazer com que a gestão Fernando Haddad tenha bons resultados para a cidade e é evidente que se tem essa disposição, o objetivo dela é dar apoio."
O novo chefe do Executivo deverá ter uma base de sustentação com 11 vereadores do PT, quatro do PMDB e um do PCdoB. Outros três do PSB e um do PP, partidos da coligação, devem apoiá-lo, e também um do PHS, que embarcou no segundo turno. Além destes 21 nomes, Haddad precisaria ainda de outros sete para ter a maioria simples na Câmara (28 de 55 vereadores).
"Nós temos um bloco, e o PSB já renovou sua disposição com o PSD de renovar esse bloco, portanto nós temos um bloco de 10 ou 11 vereadores que terá essa disposição, eu acredito", afirmou Kassab.
Perguntado se os nomes do PSD poderiam integrar os quadros do próximo governo, Kassab não disse sim, nem não. "Olha, não é hora de falar isso, até porque eu tenho uma visão de que o governo deve ter liberdade de atuação de acordo com seus critérios, com suas visões da cidade, e cabe ao legislativo apoiá-lo. Se ele quiser convidar quadros do partido, o partido não terá nenhum problema, mas o partido não tem que oferecer, pedir, nada, nós vamos contribuir independente de qualquer coisa."
O domingo de votação do segundo turno das eleições em São Paulo contou com alguns ataques entre políticos, um discurso inflamado do candidato eleito, Fernando Haddad (PT), e um aviso do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD). Confira as frases marcantes da segunda etapa das eleições
"Existe terceiro turno?", perguntou Antônio, de 9 anos, neto de José Serra, ao governador Geraldo Alckmin, após o tucano ter registrado seu voto na urna eletrônica. Alckmin respondeu que não.
Foto: Léo Pinheiro / Terra
A ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), disse que estava com o candidato tucano José Serra "entalado na garganta".
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
"Meu objetivo é diminuir o muro da vergonha que separa a cidade rica e a cidade pobre. É hora de fazer nascer uma nova São Paulo", declarou O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse que seu sucessor "seja qual for" não resolverá todos os problemas da cidade no decorrer de seu mandato. "Não há recursos em caixa para resolver todos os problemas da cidade em quatro anos", declarou.
Foto: Adriano Lima / Terra
"São Paulo não é uma cidade conservadora, era uma cidade com forças conservadoras. Mas as forças adormecidas do progresso, da tolerância, da igualdade, voltaram nessa eleição. (...) Nós vamos trabalhar 4 anos, 365 dias por ano, 24 horas por dia para mudar essa cidade, pra transformar São Paulo", disse Haddad, durante comemoração com militantes.
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Aliado recente do PT, Paulo Maluf (PP) atribuiu ao seu apoio uma contribuição para o crescimento das intenções de voto em Fernando Haddad. "Quando entrei ele tinha 3%. O partido deu uma contribuição, porque o Datafolha indicou que 12% do eleitorado votaria no candidato indicado por Paulo Maluf", afirmou.
Foto: Leandro Martins / Futura Press
"Aqui em São Paulo foi uma excelente campanha", afirmou Geraldo Alckmin (PSDB), elogiando o tucano José Serra.
Foto: Léo Pinheiro / Terra
"Faltou luta política", disse o senador Aloysio Nunes (PSDB) sobre campanha de Serra - o senador fez parte da coordenação
Foto: Léo Pinheiro / Terra
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) negou que tenha havido erro na escolha do candidato José Serra como postulante à prefeitura de São Paulo pelos tucanos, antes da divulgação do resultado das eleições. "Se tivesse havido erro, não teria ido para o segundo turno. Sempre se diz, quando se perde, que errou, e quando ganha é porque acertou. Não é por erros ou acertos que se ganha uma eleição, mas por ter um candidato mais sintonizado com o momento", afirmou.
Foto: Hermano Freitas / Terra
O ex-ministro da Casa Civil e condenado no processo do Mensalão, José Dirceu, foi recebido com gritos tanto de ataque quanto de apoio ao votar na região do Cursino, em São Paulo. Alguns gritavam "guerreiro do povo brasileiro" e outros "ladrão". Dirceu, por outro lado, foi de poucas palavras. "Só vou falar depois do julgamento", disse.
Foto: Hermano Freitas / Terra
Gabriel Chalita (PMDB) comentou sobre o desempenho e o comportamento do tucano José Serra, que segundo ele "sai menor que entrou" da disputa na capital. "Serra fez campanha muito agressiva, de novo com a história de pegar um tema que não é referente à questão da cidade. Na eleição presidencial ele pegou o aborto, na eleição agora o kit-gay. Ele sai menor do que ele entrou", disparou.
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
"Eu sou o segundo poste do Lula!", afirmou o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), em comemoração na Av. Paulista, arrancando risos dos militantes. O petista incentivou os eleitores a manterem-se "vigilantes" e a cobrarem a execução de seu plano de governo nos próximos quatro anos.
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O senador Eduardo Suplicy (PT) disse que a vitória do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, representa uma "lição" para o PSDB e seu concorrente, José Serra, sobre a forma "agressiva" com que os tucanos levaram a campanha na cidade.
Foto: Bruno Santos / Terra
"Temos que torcer para que Haddad não seja subprefeito do Lula", disse o vereador eleito Andrea Matarazzo (PSDB), em referência ao padrinho político do prefeito eleito, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: Fernando Borges / Terra
O coordenador de campanha de José Serra (PSDB), Edson Aparecido, disse que o tucano ficou chateado com a atitude do futuro prefeito da capital paulista Fernando Haddad nos últimos momentos da disputa. "Ele estava muito chateado com o Haddad porque, de forma desnecessária, ele voltou a fazer críticas ao Serra já no final da apuração. Praticamente eleito prefeito, foi socar o porrete no Serra.
Foto: Léo Pinheiro / Terra
Após perder para o petista Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB) cobrou compromisso do prefeito eleito. "Desejo boa sorte ao prefeito eleito, que cumpra as promessas feitas durante a campanha. Esperamos que as conquistas da prefeitura e do governo do Estado sejam mantidas e aperfeiçoadas".
Foto: Léo Pinheiro / Terra
"Na verdade, sou cumprimentado nos lugares onde vou", afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, na saída do colégio Mario de Andrade, após uma eleitora ter se aproximado e dito: "que nojo!".