Após derrota de Serra, Gabeira defende "clareza" na oposição
1 nov2010 - 18h59
(atualizado às 19h09)
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João Pequeno
Direto do Rio de Janeiro
A oposição precisará ter mais mais clareza em suas posições e propostas durante o futuro governo de Dilma Rousseff (PT), algo que faltou durante a campanha e os dois mandatos do também petista Luiz Inácio Lula da Silva, avaliou nesta segunda-feira (1) o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), segundo colocado na eleição para o governo fluminense. A afirmação condiz com sua postura na disputa eleitoral. Diferente do presidenciável tucano José Serra, que chegou a pôr Lula em um de seus primeiros jingles e programas eleitorais na TV, Gabeira, durante a campanha, sempre se afirmou como candidato de oposição ao governo federal e à aliança formada pelo PT e o PMDB, do governador reeleito Sérgio Cabral (PMDB).
"Faltou clareza para a oposição, que acabou incorporando algumas plataformas do governo atual", disse Gabeira ao Terra, referindo-se a propostas de José Serra para ampliar programas implantados por Lula, como o Bolsa Família e o ProUni. "Daqui para frente, será preciso desenhar com nitidez uma política de oposição que denuncie o aparelhamento do Estado, a falta de sustentabilidade ambiental nas decisões econômicas, a própria corrupção e a propaganda vazia sobre feitos inacabados", escreveu em seu site o deputado, que apoiou a candidata à presidência de seu partido, Marina Silva, no primeiro turno, e, no segundo, fez campanha para Serra - cujo PSDB o apoiara na campanha estadual.
Durante a campanha, Gabeira também criticou duramente Lula, classificando-o duas vezes como "mestre em pôr a culpa na vítima". A primeira foi em julho, quando o presidente ofereceu abrigo à iraniana Sakineh Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento em seu país, mas dizendo que "a aceitaria no Brasil 'se esta mulher está causando incômodo'". A segunda, já no segundo turno, em outubro, após Serra ter sido agredido por militantes do PT durante uma caminhada em Campo Grande (zona oeste do Rio) e Lula insinuou que o tucano tivesse simulado. Nas duas ocasiões, Gabeira ainda lembrou a tentativa de Lula de equiparar presos políticos de Cuba a criminosos.
A imprensa internacional pôs a eleição brasileira entre os principais assuntos do dia; o espanhol El País lembrou que Dilma Rousseff é a herdeira de Lula
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O americano The New York Times lembrou que a Dilma fez parte de um governo que tirou cerca de 10% da população da extrema pobreza, "um legado grande demais para Serra superar"
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O The Washington Post considerou que o resultado das eleições demonstram a lealdade do povo a Lula
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O USA Today destacou o passado de luta contra o regime militar de Dilma Rousseff
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O Wall Street Journal, bússola do mercado financeiro, publicou que a vitória da petista foi "selada pela ampla prosperidade econômica"
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A eleição de Dilma foi classificada como "a boa notícia do Brasil" pelo La Nación, da Argentina
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O argentino Clarín destacou a "vitória contundente" da petista
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O britânico The Guardian destacou o "passado marxista" de Dilma
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Na Inglaterra, o The Times destacou o passado de luta armada de Dilma
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O francês Le Figaro considerou que a campanha presidencial foi "degradante"
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Simpático à Dilma, o Le Monde coloca a candidata petista como uma "sobrevivente de um câncer" e herdeira política do presidente "mais popular" da história do Brasil
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Na Itália, o La Repubblica chamou Dilma de "pupila de Lula"
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A eleição de Dilma Rousseff também recebeu destaque na imprensa alemã
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A imprensa búlgara deu destaque à eleição brasileira uma vez que Dilma Rousseff tem parentes do país da Europa Oriental
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Em Portugal, o Correio da Manhã ressaltou o fato de Dilma ser a primeira mulher presidente do Brasil
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O português Diário de Notícias lembrou a alta abstenção nas eleições, que ronda os 21%
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O uruguaio El País também optou por destacar a eleição da primeira mulher presidente do Brasil
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Venezuelano 2001 repercutiu vitória de Dilma Rousseff