AC: PT fica sem alianças e PSDB fecha com oposição
- Fabio Pontes
- Direto de Rio Branco
Após o resultado da votação do último domingo, os líderes partidários de Rio Branco já fecharam as alianças para o segundo turno na capital acreana. O PSDB saiu o mais fortalecido, apesar de ter ficado em segundo lugar. Os tucanos conseguiram reunir todos os candidatos derrotados em torno de Tião Bocalom (PSDB), que obteve 43,85% dos votos na primeira etapa da eleição. A ampla aliança terá o objetivo de derrotar o petista Marcus Alexandre (PT), que recebeu 48,30% dos votos, ficando em primeiro lugar.
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Somados, os votos da oposição superaram Marcus Alexandre (PT). O petista recebeu 48,30% dos votos, contra 51,6% de todas as legendas opositoras.
Nesta terça-feira, os dirigentes dos partidos oposicionistas oficializaram o apoio a Bocalom. Apesar de ser o principal aliado do governo Dilma Rousseff, o PMDB no Acre é oposição ao PT. Neste segundo turno, peemedebistas e tucanos estarão unidos numa tentativa de quebrar a hegemonia petista no Estado. O PMDB obteve 4,72% dos votos com a candidatura de Fernando Melo.
"Jamais existe a possibilidade de o PMDB marchar em Rio Branco com o PT", disse o deputado federal Flaviano Melo, presidente regional do partido. No primeiro turno, PMDB e PSDB chegaram a trocar farpas nos bastidores. A aliança entre os dois era considerada inviável por conta dos desentendimentos. No encontro de hoje, PMDB e PSDB decidiram "passar uma borracha" nas ranhuras do passado.
O senador Sérgio Petecão (PSD), um dos principais puxadores de voto no Estado e articulador da candidatura do PMDB, descartou qualquer "corpo mole" na campanha. "Comigo não existe esse negócio de pela metade. Quem me conhece sabe que quando eu topo um desafio é de corpo e alma", declarou Petecão. Segundo ele, este é um novo momento na campanha, "onde tudo começa do zero".
Também declaram apoio a Bocalom os candidatos derrotados Antônia Lúcia (PSC) e Leôncio Castro (PMN). O Psol se mantém neutro até o momento. Apesar disso, o vice na chapa do partido, Adalcido de Almeida, foi ao encontro da oposição para anunciar apoio ao tucano.
"Eu estou aqui falando em meu nome e no da professora Peregrina, não sou membro do diretório, por isso não posso falar do partido, mas o meu voto (no segundo turno) é no Bocalom", disse ele.
O PT mantém o mesmo grupo político do primeiro turno. Os petistas buscam a declaração oficial de voto da ex-senadora Marina Silva e outras lideranças políticas hoje dispersas na campanha.