PUBLICIDADE

Política

AC: falta de propostas e acirramento governo-oposição marcam debate

2 out 2012 - 13h00
(atualizado às 13h20)
Compartilhar
Fábio Pontes
Direto de Rio Branco

O primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Rio Branco (AC) foi marcado pela escassez de propostas e troca de farpas entre governo e oposição. Os cinco candidatos oposicionistas centraram esforços na tentativa de fragilizar Marcus Alexandre (PT), apoiado pelo prefeito Raimundo Angelim (PT) e o governador Tião Viana (PT). O debate, realizado na noite desta segunda-feira, foi organizado pela TV Gazeta/Rede Record e teve duas horas de duração.

Candidatos à prefeitura de Rio Branco durante debate promovido pela TV Gazeta em parceria com a Rede Record
Candidatos à prefeitura de Rio Branco durante debate promovido pela TV Gazeta em parceria com a Rede Record
Foto: Divulgação / Terra

Conheça os candidatos a vereador e prefeito de todo o País

Acompanhe as pesquisas eleitorais

Veja o cenário eleitoral nas capitais

Confira quanto ganham os prefeitos e vereadores nas capitais brasileiras

O confronto inicial foi protagonizado por Tião Bocalom (PSDB) e Marcus Alexandre, os dois principais concorrentes na disputa. O tucano fez questionamentos sobre os processos a qual Alexandre responde na Justiça e no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre desvios de verbas na BR-364, entre os municípios acreanos de Sena Madureira e Manoel Urbano.

Em obras desde 1999, a rodovia já consumiu até 2012 mais de R$ 1 bilhão. Neste período, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncias apontando desvios de verbas públicas, superfaturamento e má qualidade dos serviços. Marcus Alexandre comandou o Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) por seis anos o órgão foi o responsável pela pavimentação.

Em sua defesa, o petista afirmou que todas as denúncias foram anteriores à sua gestão no Deracre e que não responde a processos. Logo em seguida entrou em debate o escândalo do mensalão.

Fernando Melo (PMDB) questionou Bocalom sobre o envolvimento de pessoas do PT e do governo do ex-presidente Lula no julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Melo classificou o mensalão como "o maior escândalo de corrupção deste País", e alfinetou o tucano lembrando que a origem do caso ocorreu no governo do PSDB em Minas Gerias.

Sentindo-se afetado com o envolvimento de seu partido no debate, Marcus Alexandre pediu direito de resposta, atendido pela direção da emissora. "O mensalão está sendo julgado lá em Brasília, o deputado Fernando Melo pode falar melhor pois também estava lá ele foi deputado federal pelo PT, o partido do vice de Bocalom o PP também foi condenado", observou Alexandre.

Ao fim do debate, o cientista político Nilson Euclides considerou que os candidatos perderam "a oportunidade". Para ele, os concorrentes não foram capazes de se apresentarem como a "mudança" desejada pelo eleitor de Rio Branco. Euclides avalia que, ao se deterem mais às rivalidades partidárias e polemizarem uma questão como o mensalão, eles acabaram por passar em branco a chance de discutir os problemas reais vividos pela sociedade.

"Na minha opinião, o debate entre os candidatos foi fraco e ficou aquém do que eu esperava", disso o cientista, que avaliou também que os dos principais adversários, Tião Bocalom e Marcus Alexandre, deixaram a desejar quanto à qualidade das discussões. "O Fernando Melo tentou ensaiar alguma coisa, mas não foi o suficiente para dar o tom".

Também participaram do debate os candidatos Antônia Lúcia (PSC), Leôncio Castro (PMN) e Maria Peregrina (PSOL).

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade