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Política

Eduardo Cunha oficializa rompimento pessoal com governo Dilma

17 jul 2015 - 13h32
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, oficializou nesta sexta-feira seu rompimento com o governo Dilma Rousseff e afirmou que passará a integrar a oposição.

"Eu, formalmente, a partir de hoje rompi com o governo. Saibam que, partir de agora, o presidente da Câmara está rompendo com o governo", declarou Cunha a jornalistas em Brasília.

Cunha tinha manifestado ontem que desejava romper essa aliança com o governo e só seguiria na coalizão "por obrigação moral" com os eleitores.

O congressista é um dos 50 políticos investigados na operação Lava Jato e, na quinta-feira, um dos delatores do processo, o empresário Julio Camargo, afirmou em depoimento à Justiça que Cunha lhe pediu US$ 5 milhões desviados da companhia petrolífera.

O político assegurou que vai a pedir no Congresso do PMDB, o setembro próximo, que o partido rompa também com o governo, uma possibilidade que, em outra declaração feita na quinta-feira, já tinha dito que poderia ocorrer antes das eleições de 2018.

Cunha esclareceu que sua decisão não "alterará" seu "papel institucional" à frente do Congresso e continuará participando de atos públicos ao lado do governo, mas reiterou que passou para a oposição.

Sobre o caso de corrupção na Petrobras, pelo qual está sendo investigado, Cunha disse que a acusação é um complô por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

"Esta operação policial é orquestrada pelo governo", expressou Cunha, que atacou os ex-tesoureiros do PT presos por corrupção e o delator que o acusa de receber subornos, Julio Camargo, a quem chamou de "bandido e réu confesso".

Além disso, o presidente da Câmara afirmou, sem citar nomes, que há no Palácio do Planalto um "bando de aloprados" que age contra ele.

EFE   
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