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Política

Eduardo Cunha nega retaliação por interferência do Executivo

Peemedebista disse que a eleição é uma página virada e que não é preciso fazer retaliações ou batalhas a partir de agora

1 fev 2015 - 21h05
(atualizado às 21h08)
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<p>L&iacute;der de uma rebeli&atilde;o de partidos da base no ano passado, Cunha disse que nunca falou que seria oposi&ccedil;&atilde;o e prometeu ser um presidente de todos</p>
Líder de uma rebelião de partidos da base no ano passado, Cunha disse que nunca falou que seria oposição e prometeu ser um presidente de todos
Foto: Luis Macedo / Agência Câmara

Em seu primeiro discurso como presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que os deputados reagiram neste domingo a uma interferência do Executivo na disputa da Casa ao eleger seu nome no primeiro turno contra o preferido do Palácio do Planalto, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O peemedebista disse, no entanto, que a eleição é uma página virada e que não é preciso fazer retaliações ou batalhas a partir de agora.

“Não aqui há da nossa parte nenhum julgo de retaliação ou qualquer coisa dessa natureza. Assistimos como assistimos uma tentativa de interferência do Poder Executivo dentro da eleição do Poder Legislativo, mas o parlamento sabe reagir e reagiu no voto. Passada a disputa, esse é um episódio virado. Não temos que fazer disso nenhum tipo de batalha ou qualquer tipo de sequela. O que temos que fazer isso é começar a trabalhar”, disse Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enquanto um foguetório comemorava a vitória no lado de fora da Câmara.

Líder de uma rebelião de partidos da base no ano passado, Cunha disse que nunca falou que seria oposição e prometeu ser um presidente de todos. “Nunca, em nenhum momento, falamos que seríamos oposição, nós falamos que não seríamos submissos e não seremos submissos. E o governo sempre terá, pela sua legitimidade, a governabilidade que sua maioria poderá dar no momento que ela for exercida, se for exercida”, disse.

O peemedebista foi eleito em primeiro turno com 267 votos, depois de montar um bloco com 14 partidos e 218 parlamentares. Cunha sai ainda mais fortalecido por ter indicado o primeiro vice-presidente e o primeiro secretário da mesa diretora. O megabloco também terá prioridade nas escolhas de comissões.

O resultado representa uma derrota para o Palácio do Planalto, que mobilizou ministros para articular a eleição do petista. Chinaglia ficou com 136 votos, enquanto Júlio Delgado (PSB-MG) recebeu 100 e Chico Alencar (Psol-RJ), oito.

“Não acho que aqui é palco de palanque eleitoral ou palco de disputa. Aqui é palco de exercer os grandes debates que a casa precisa”, discursou Cunha.

Fonte: Terra
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