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Política

Eduardo Campos espera ter com Dilma sintonia que teve com Lula

1 jan 2011 - 14h40
(atualizado às 17h08)
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Celso Calheiros
Direto de Recife

A posse do governador reeleito de Pernambuco teve características que ficaram associadas ao governo de Eduardo Campos, depois de quatro anos à frente do executivo. Estavam lá, e foram citados no discurso de posse, representantes da sua ampla coligação política, o forte vínculo administrativo e político com o governo federal (do presidente que sai e da presidente que chega) e todos os integrantes da sua família.

Eduardo Campos, do PSB, assume segundo mandato em Pernambuco
Eduardo Campos, do PSB, assume segundo mandato em Pernambuco
Foto: Teresa Maia/Futura Press / Especial para Terra

Os principais cargos eleitos juntos com Eduardo Campos (vice-governador, senadores e deputados mais votados) confirmam a decisão do seu governo em abrir espaço para diferentes correntes partidárias. É notável no secretariado e nos cargos chaves do futuro governo representantes do PSB, PT, PTB, PDT, PP, PCdoB e PRB. Para o futuro governo, Eduardo Campos abriu mais. Desmembrou a secretaria de Ciência e Meio Ambiente para oferecer uma vaga no primeiro escalão para o PV - adversário na eleição.

Eduardo Campos fez questão de frisar, no discurso, a gratidão que ele expressava e, em seu nome, o povo pernambucano, pelo apoio administrativo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o governo Lula, o estado recebeu dois estaleiros de grandes navios e plataformas de petróleo, uma refinaria de última geração, um polo petroquímico, a ferrovia transnordestina, a transposição do Rio São Francisco e, por fim, uma montadora de automóveis Fiat.

Eduardo Campos também olhou para o futuro e disse esperar a mesma relação com a presidente Dilma Rousseff. Não apenas por terem ocupados, ao mesmo tempo, cargo de ministro de Estado, no primeiro governo Lula, mas, principalmente, por, na condição de presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, ter empenhado o apoio do seu partido à candidatura Dilma e, com isso, retirado a legenda do então pré-candidato Ciro Gomes (PSB). Esse apoio foi lembrado no primeiro ato do governador reeleito.

Acompanharam e foram nominalmente citados no pronunciamento no qual Eduardo Campos tomou posse, sua mulher Renata Campos, e seus quatro filhos (Maria Eduarda, João, Pedro e José), todos presentes na posse. A mãe, Ana Arraes, compareceu na dupla condições de genitora e deputada federal (PSB) mais votada no estado e, com 339 mil, uma das mulheres mais votadas do Brasil. A avó, Madalena Arraes, também acompanhou, de uma das primeiras cadeiras, a posse do neto.

Fonte: Especial para Terra
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