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Política

Dissidentes cubanos presos pedem que Lula interceda por eles

21 fev 2010 - 16h50
(atualizado às 17h33)
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Cinquenta dissidentes cubanos presos pediram neste domingo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que interceda por sua liberdade quando encontrar na próxima quarta-feira com o presidente cubano, general Raúl Castro, e seu irmão mais velho e antecessor, Fidel.

Em carta divulgada em Havana, fazem o pedido a Lula 42 opositores presos e oito que têm "licença extrapenal" por razões de saúde, todos do grupo de 75 condenados em 2003 a penas de até 28 anos de prisão e acusados pelo governo de serem "mercenários" dos Estados Unidos.

"Dirigimo-nos ao senhor para pedir que, nas conversas que sustentará com os máximos representantes do governo cubano, contemple nossa situação e a dos demais prisioneiros políticos pacíficos cubanos e defenda nossa libertação", diz a carta.

"Esperamos que o senhor se interesse pelo prisioneiro de consciência Miguel Zapata Tamayo, que desde dezembro faz uma greve de fome para reivindicar seus direitos e se encontra hoje em condições de saúde perigosas para sua vida", afirma o texto dos dissidentes.

Segundo os signatários da carta, Lula pode ser "um magnífico interlocutor para conseguir fazer com que o governo cubano decida iniciar as reformas econômicas, políticas e sociais urgentemente necessárias, avançar nos direitos humanos, conseguir a desejada reconciliação nacional e tirar a nação da profunda crise em que se encontra".

Lula chegará a Cuba na terça-feira depois de participar da cúpula do Grupo do Rio no México. O presidente deve se reunir com os irmãos Castro na quarta-feira.

Em visitas anteriores, Lula não se reuniu com a oposição interna cubana, assim como outros governantes que visitam Cuba.

Os opositores pedem a Lula para que, após sua visita, pelo menos os diplomatas brasileiros "assim como mantêm sua relação com as autoridades cubanas, deveriam escutar as opiniões da sociedade civil, incluindo os familiares dos prisioneiros de consciência e políticos, assim como da oposição pacífica".

EFE   
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