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Política

Dilma pede tolerância zero à violência contra a mulher

28 mar 2014 - 12h13
(atualizado às 12h50)
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A presidente Dilma Rousseff aproveitou sua conta no Twitter para comentar na manhã desta sexta-feira a nova edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social sobre tolerância social à violência contra as mulheres, divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).

O estudo aponta que o brasileiro médio se posiciona majoritariamente pela punição de agressores, mas vê naturalidade nas afirmações que indicam uma tolerância maior com a violência de gênero. Mais da metade dos entrevistados também culpabilizam mulheres pela motivação de agressões sexuais.

“A pesquisa do IPEA mostrou que a sociedade brasileira ainda tem muito o que avançar no combate à violência contra a mulher”, disse a presidente. “O resultado deixa claro o peso das leis e das políticas no combate à violência contra a mulher" e "mostra também que o governo e a sociedade devem trabalhar juntos para atacar a violência contra a mulher, dentro e fora dos lares”.

Nos aspectos de violência doméstica, a sondagem do IPEA aponta que apesar de o público entrevistado ter se posicionado contra agressões (91,4% concordam que agressores devem ser presos), a maioria (81,9%) acredita que o que acontece com o casal não interessa aos outros, 89% acham que “roupa suja deve ser lavada em casa” e 78,7% concordam com a frase “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”.

Dentre os respondentes, 65,1% dizem concordar totalmente ou parcialmente com a afirmação “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Já 58,5% concordam com a afirmação "Se mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros".

A pesquisa conclui que, por trás dessas afirmações, "está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então as mulheres, que os provocam, é que deveriam saber se comportar, não os estupradores".

Fonte: Terra
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