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Política

Dilma lamenta violência contra juventude e defende reforma política

5 ago 2013 - 16h49
(atualizado às 19h58)
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Com dois vetos, a presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira o Estatuto Nacional da Juventude
Com dois vetos, a presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira o Estatuto Nacional da Juventude
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Divulgação

Em seu discurso na cerimônia de sanção do Estatuto Nacional da Juventude, que, entre outras ações, garante meia-entrada em eventos esportivos e culturais a jovens de baixa renda e estudantes, além de estabelecer 50% da tarifa em transporte interestadual, a presidente Dilma Rousseff voltou a apontar a necessidade de uma reforma política e também a destinação de royalties do pré-sal para a educação. 

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/pactos-dilma/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/pactos-dilma/iframe.htm">veja o infográfico</a>

“Falo aqui também da necessidade de uma reforma política, como já disse outras vezes. A reforma política também diz respeito à minorias. Quando propus a reforma política, propus antecedida por um plebiscito, para  que a população desse as linhas gerais das mudanças”, afirmou a presidente, que ainda reforçou sua ideia de um plebiscito. “Eu considero que consultar o povo nunca é demais. Consultar o povo é democrático e necessário para que as nossas instituições tornem-se cada vez mais permeáveis às demandas da sociedade. Mais abertas ao controle e sobretudo mais eficazes.”

Dilma é ovacionada ao falar de violência contra jovens negros:

Dilma condenou a violência sofrida pelos jovens no País e disse considerar a questão a “mais grave” enfrentada pela juventude. “Eu considero que essa talvez seja a questão mais grave que a juventude brasileira passa, porque ela mostra um lado com que não podemos conviver pacificamente, que é o da violência contra a juventude negra e pobre”, disse.

Dilma aproveitou ainda para lembrar seu passado de militância e lembrou que à época, depois de algumas manifestações, “você acabava na cadeia”. “Não sou uma pessoa que deixei os meus compromissos democráticos quando assumi a presidência. Por isso, uma das coisas que eu considero mais graves no Brasil hoje é a violência contra a juventude. É o lado mais perverso.”

Além de falar sobre a reforma política com uma consulta popular prévia, parte dos pactos apresentados como resposta aos protestos que tomaram as ruas do Brasil, Dilma voltou a defender a destinação dos royalties do petróleo para a educação. 

“Os royalties do petróleo são originários de uma riqueza finita, uma riqueza que a gente começa a explorar e ela um dia acaba. Portanto, desde o início o governo considerou fundamental que esses royalties fossem destinados à educação. Nós, inclusive, considerávamos que essa destinação tinha um sentido que é o sentido talvez mais forte no País”, disse a presidente. 

Defendendo sua ideia de encaminhamento de recursos do pré-sal para a educação, Dilma afirmou que a medida pode ajudar na redução da desigualdade no País. “A gente sabe que o caminho para sair da desigualdade é constituído de duas partes. Uma parte são os adultos, mas o grande caminho é a educação. Por isso que era tão importante pegar a maior riqueza física que o Brasil tinha e transformar em educação. Por isso, eu considero muito importante esse pacto, um dos cinco pactos que eu propus, que é o pacto pelos royalties.”

Encontro com a base da Câmara

Sobre o encontro que realiza com líderes governistas na Câmara, a presidente Dilma Rousseff disse que o assunto principal será o programa Mais Médicos, que vem provocando reações dos profissionais da área. Dilma negou que a base seja “brava” com ela. “Comigo não é brava”, garantiu.

Indagada sobre sua capacidade para conter a base - que tem andado em descompasso com o Executivo -, Dilma disse achar que “a diferença de opiniões é possível”. “Acredito que vamos construir um caminho muito seguro para o Brasil”, garantiu.

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Fonte: Terra
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